A presidente Dilma Rousseff anunciou, nesta quarta-feira (24), a
prorrogação do IPI (Imposto sobre Produtos Importados) reduzido para
automóveis até o final do ano. O anúncio foi feito durante visita ao
Salão de São Paulo, evento que reúne as principais marcas de veículos na
capital paulista.
O IPI de veículos foi reduzido no final de maio pelo governo em até
sete pontos percentuais, de acordo com o modelo e a cilindrada. No caso
dos carros populares, de motor 1.0, a redução foi de 7% para zero.
Os veículos álcool e flex com motores entre 1.0 e 2.0 tiveram o IPI
reduzido de 11% para 5,5% e os modelos a gasolina com motores entre 1.0 a
2.0 tiveram o IPI reduzido de 13% para 6,5%. Os carros nacionais acima
de 2.000 cilindradas não tiveram a alíquota do imposto reduzida.
Mesmo apresentando melhora na produção - a produção industrial subiu
1,5% em agosto frente a julho, segundo o IBGE -, alguns segmentos
industriais, incluindo o setor automotivo, ainda estão com estoques
excessivos.
A avaliação da área técnica do governo, segundo informações da
Reuters, é que o estímulo ao setor automotivo beneficia um segmento
amplo do setor industrial, considerando que a fabricação de veículos
automotores como um todo responde por quase 20% do setor industrial.
O setor automotivo representa aproximadamente 21% do PIB da indústria
nacional e movimenta outros setores, como o financeiro, já que 65% dos
carros novos são vendidos por meio de financiamento.
Depois do recorde de vendas registrado em agosto, com 405 mil
unidades emplacadas, o segmento de automóveis e comerciais leves viu um
encolhimento de 31% em setembro (277 mil). Na primeira quinzena de
outubro outra queda, agora de 10,1% em relação ao mesmo período do mês
anterior, aponta a Fenabrave (associação das concessionárias).
Com o recorde de vendas em setembro, o Brasil ultrapassou a Alemanha,
ocupando o posto de terceiro maior mercado do mundo, atrás apenas de
China e EUA. O benefício fiscal fez as vendas de carros crescerem 5,5%
no acumulado do ano.
Novo regime automotivo
Em janeiro, entra em vigor o novo regime automotivo que estabelece
crédito presumido de IPI de até 30 pontos percentuais para os
fabricantes de veículos que fizerem investimentos em pesquisa e
desenvolvimento e se comprometerem a melhorar eficiência energética de
veículos.
Fonte: Diário do Nordeste.
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