Dados da
Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), indicam que mais de 11 milhões de
brasileiros têm depressão. O número corresponde a 7,6% das pessoas com
18 anos ou mais. Ainda segundo o instituto, desse total, apenas 46,6%
dos pacientes tiveram assistência médica nos 12 meses anteriores à
pesquisa.
De acordo
com a psiquiatra e psicoterapeuta Fátima Vasconcelos, o Brasil é um dos
países latino-americanos com índices mais altos quando o assunto é
depressão. Apesar de ser tida por muitos como uma doença que atinge os
mais velhos, a depressão, segundo ela, começa cedo – 9% dos casos
ocorrem entre 18 e 25 anos; 7,5% entre 26 e 49 anos; e 5,5% acima dos 50
anos.
“Quanto mais
precoce é a doença, mais grave pode vir a ser no futuro e mais danos
ela vai provocar na vida do indivíduo. A depressão é uma doença crônica e
o mais comum não é ter só uma única crise na vida. O risco de ter uma
segunda crise é 50% maior após a primeira. E, para quem tem dois
episódios, a chance é 70% maior”.
Ainda de
acordo com a especialista, a estimativa é a de que seis em cada dez
pacientes não procuram ou não encontram tratamento para a doença –
sobretudo em razão do preconceito. Ela destaca que uma pessoa com
depressão sofre com alterações do humor e, por mais que queria estar
bem, vê o mundo de forma negativa e precisa de ajuda para enfrentar
isso.
“Uma pessoa
que está deprimida, às vezes, nem percebe que está triste. Mas, quando
vai para o trabalho, rende menos do que rendia. Tem dificuldade de
memória, concentração e sente uma insegurança muito grande. Ela passa a
desconfiar de sua própria capacidade. Por isso, é muito importante que
as pessoas saibam que a depressão é uma doença do cérebro que tem que
ser reconhecida e tratada”.
(Agência Brasil)
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