Praticantes do terreiro de candomblé Ilê Axé Oloiobá denunciam uma nova investida de destruição do prédio onde eram realizados seus encontros religiosos, na Cidade Nova, divisa entre Fortaleza e Maracanaú.
Marcos
da Justa Teixeira, que se autodenomina filho Ogã (guardião do axé) e
herdeiro da casa, afirmou em entrevista ao O POVO que ao chegar ao local
nesta sexta-feira, 26, testemunhou um homem destruindo-o.
"Hoje
encontramos ele com um machado pegando as árvores. Eu vi e ele parou.
Estamos novamente esperando a saída da liminar para cessar a destruição,
mas está difícil", disse ele.
Ainda segundo Marcos, a destruição do terreiro vem sendo realizada há cerca de duas semanas, pouco a pouco, quase todos os dias.
Ainda segundo Marcos, a destruição do terreiro vem sendo realizada há cerca de duas semanas, pouco a pouco, quase todos os dias.
De
acordo com ele, a demolição é motivada por preconceito religioso e pela
especulação imobiliária. "É uma intolerância do dono da construtora.
Eles querem tomar conta desse espaço para construir e estão ferindo as
religiões de matriz africana", afirmou.
Carol Dias, prima de
Marcos e também praticante do terreiro, esteve no local e, de acordo com
ela, existe uma ameaça de que todo o prédio seja demolido até a próxima
segunda-feira, 29. "José Welington, um suposto dono, disse que vai
construir nesse terreno e vai disponibilizar o espaço para um pastor que
já atua na região. Ele prometeu derrubar tudo amanhã ou até segunda".
Segundo Carol, a destruição não foi completa porque uma parede afeta outra casa, impossibilitando a derrubada.
Os
praticantes deverão recorrer à Assembleia Legislativa, por meio do
escritório Frei Tito de Alencar, para pedir segurança e punição dos
responsáveis, além de entrar com ações judiciais: uma de usucapião, uma
por crime cometido no local e outra por danos morais.
Marcos disse que permanecerá no local, a fim de impedir a destruição, durante o tempo que puder. "Amanhã vem todo mundo pra cá", complementou.
Marcos disse que permanecerá no local, a fim de impedir a destruição, durante o tempo que puder. "Amanhã vem todo mundo pra cá", complementou.
Fonte: O Povo Online
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