O
desembargador Francisco Darival Beserra Pinto determinou nesta
terça-feira (19) que o presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB),
Jurandir Santiago, seja denunciado como suspeito de participação no
chamado “escândalo dos banheiros”, que desviava recursos destinados à
construção de banheiros populares em cidades do interior do Ceará. O
presidente do BNB informou aoG1 que ficou sabendo da
inclusão dele como denunciado apenas pela imprensa e que não irá se
pronunciar sobre o caso até ser formalmente notificado.
Segundo o promotor da Procuradoria de Crimes Contra a Administração
Pública (Procap) Luís Alcântara, há “indícios substanciais para incluir”
Jurandir Santiago entre os denunciados no desvio de R$ 3,1 milhões na
cidade de Ipu, onde o prefeito e outras sete pessoas tiveram decretado o
pedido de prisão. Cinco pessoas foram presas, o prefeito e outros dois
denunciados estão foragidos. O advogado do caso, Flávio Jacinto, diz que
o prefeito de Ipu, Sávio Pontes, deve se apresentar nos próximos dias.
“O protocolo da denúncia deve ser feito ainda hoje. Se não houver
tempo, faremos amanhã no máximo”, diz o promotor Luís Alcântara. Segundo
o promotor, durante as investigações do caso de desvio de verba foram
constatados “indícios suficientes” para denunciar Jurandir Santiago.
Jurandir Santiago é ex-secretários das Cidades, pasta que repassava
verba para construção de banheiros populares. Segundo a Procap, Jurandir
assinou aditivo de verba para construção de banheiros que não foram
entregues conforme o projeto.
“O Procurador Geral já decidiu pela necessidade de aditamento da
denúncia para incluir o senhor Jurandir Vieira Santiago no rol dos
denunciados, sem prejuízo de novo aditamento no decorrer da instrução
processual”, diz o Ministério Público, por meio de nota.
Denúncia
Segundo denúncia do Ministério Público, os suspeitos são responsáveis pelo desvio de R$ 3,1 milhões que seriam usados para construção de banheiros populares em cidades do interior do Ceará. De acordo com a Procap, associações firmavam contrato com a Secretaria das Cidades do Ceará para receber verba, que era desviada para financiamento de campanha de candidatos.
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