Avanço tecnológico, concorrência e câmbio mais baixo contribuíram para reduzir o valor de produtos e serviços
Mas não é apenas a violência e a sensação de insegurança que impulsionaram o mercado de segurança no Brasil. A concorrência, o avanço tecnológico, o câmbio e, consequentemente, o fator preço também foram fortes aliados. A estimativa é de que os valores cobrados por produtos e serviços de um sistema de proteção eletrônica tenham caído pela metade desde a última década. É o que conta Adilberto Leite Gomes Filho, diretor comercial da Fênix Segurança, grande empresa do ramo, operando há pelo menos 25 anos no Estado, sendo uns 15 anos só com sistemas de segurança eletrônica.
A
média das pessoas que se sentem inseguras é de 50% no País, conforme
dados de pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). No Ceará chega a 44% FOTO: NATASHA MOTA"Em 1996/1997, quando começamos a focar a segurança eletrônica, o serviço de monitoramento de alarmes custava em torno de R$ 240/R$ 250 por mês - um salário mínimo à época. Hoje caiu para uma média de R$ 120 mensais", conta.
O mesmo aconteceu com os equipamentos empregados no setor. Para o diretor comercial de segurança eletrônica da Corpvs Segurança, George Câmara, outra grande companhia do gênero em Fortaleza, hoje, é possível a partir de R$ 800 adquirir uma central de alarme, sirenes e um botão de pânico. "O que seria uma configuração básica para um imóvel", destaca. "Mas os preços de um sistema variam muito. Vai depender do tamanho do imóvel, das necessidades do cliente e da quantidade de equipamentos. Daí a importância de contar com a avaliação de um consultor de segurança para dimensionar, dizer o que é preciso", completa.
Dispositivos
Atualmente, revela, Adilberto Filho, da Fênix Segurança, cerca de 60% da população brasileira tem algum tipo de dispositivo de segurança. "Claro que não estou falando apenas de segurança eletrônica de imóveis, entram aí rastreadores de carro, de celular entre outros", fala. "A média das pessoas que se sentem inseguras é de 50% no País, daí esse avanço", emenda.
Outro aspecto que também ajudou a baratear os preços foi a concorrência. No entanto, esta sendo mais informal do que, de fato, formal. "Aqui não existe legislação específica para se trabalhar com segurança eletrônica. Também não há fiscalização. Daí a informalidade", argumenta Adilberto.
ANCHIETA DANTAS JÚNIOR
Fonte: Diário do Nordeste.

Nenhum comentário:
Postar um comentário