Ingrid Maiara, de 18 anos, morreu com o tiro durante
o pré-carnaval (Foto: Arquivo pessoal)
o pré-carnaval (Foto: Arquivo pessoal)
Uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas na madrugada deste domingo
(27), no Bairro Elllery, em Fortaleza. De acordo com testemunhas que
preferem não se identificar, moradores do bairro participavam das festas
de pré-carnaval do Bairro Ellery, quando policiais do Comando de
Policiamento Ronda do Quarteirão chegaram ao local e pediram para baixar
o volume de "paredões de som". Um policial suspeito de ter disparado os
tiros está preso, de acordo com o comando da PM.
Os proprietários dos veículos com aparelhos de som se recusaram a
reduzir o volume, de acordo com testemunhas. O uso de som automotivo é
proibido nas festas de pré-carnaval de Fortaleza. Houve confusão e
algumas pessoas que estavam no local jogaram pedras contra os policiais e
o veículo da PM.
Ainda de acordo com testemunhas, os policiais militares dispararam
vários tiros, mas não há confirmação se os tiros que feriram e mataram
as pessoas foram feitos pelos policiais. O comandante do policiamento do
Ronda do Quarteirão, Paulo Sérgio, afirmou que não iria se pronunciar
sobre o assunto. O tenente-coronel da Polícia Militar no Ceará Fernando Albano, relações públicas da corporação, não atende aos telefones para falar sobre o assunto.
Familiares da vítima afirmam que as pessoas baleadas foram levadas
pelos policiais ao hospital. "Os tiros foram por volta da meia-noite, e
fiquei sabendo da morte da minha cunhada ainda na madrugada. As pessoas
que foram baleadas não tinham nada a ver com a confusão dos paredões de
som. Ela [a vítima] estava ajudando a mãe a desmontar uma barraca",
conta uma testemunha, que prefere não se identificar.
A vítimas foi identificada como Ingrid Maiara Oliveira Lima, de 18
anos. Um dos tiros atingiu a nuca e outra, as costas da garota. Um
adolescente identificado apenas como Ígor Andrade, de 16 anos, ficou
ferido com um tiro na cabeça. Ele foi levado ao hospital Instituto
Doutor José Frota.
A mãe de Ígor, Rileine Silva de Andrade, relata como ficou sabendo da
tragédia: "Quando ouvi o barulho e disse 'é tiro'. Vamos buscar o Ígor.
Quando chegando à esquina minha mãe vem aí diz 'o Ígor levou um tiro'.
Mas eu pensei que era no braço, mas não foi no braço, foi na cabeça. Aí
eu entrei em desespero", conta a mãe.
Roupa que Ígor usava quando foi baleado foi perfurada e ficou manchada de sangue
(Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
Fonte: G1/CE
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