Para crescer e ter uma vida saudável, é importante que as crianças
sejam incentivadas aos bons hábitos alimentares desde cedo. Por isso, os
pais devem criar um ambiente familiar livre de guloseimas, tentações e
alimentos calóricos, como alertou o nutrólogo Mauro Fisberg no Bem Estar
desta quarta-feira (6).
Se os pais não têm preocupação com a alimentação, os filhos crescem com
o mesmo pensamento e dificilmente terão um estilo de vida saudável.
Para incentivar e ajudar na formação do paladar das crianças, é
importante que eles tenham horários para as refeições e que a família se
junte para comer, como recomendou a nutricionista Sônia Tucunduva.
Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern,
o controle da dieta dos pequenos deve existir, mas sem radicalismos –
por exemplo, os pais podem liberar algo que está fora do cardápio uma
vez por semana. Nos outros dias, eles devem incentivá-los a comerem de 3
a 5 frutas e salada antes das refeições.
A família precisa tomar cuidado também com as gorduras, frituras, doces
e refrigerantes, principalmente como forma de recompensar as crianças
por algo bom que elas fizeram. A dica é formar o paladar dos pequenos
oferecendo novos sabores e fazendo com que eles experimentem diferentes
alimentos de forma gradativa.
Para o endocrinologista Alfredo Halpern, é importante não proibir ou
permitir muito, apenas controlar já que o equilíbrio ajuda no
desenvolvimento da criança. De acordo com o médico, além do incentivo à
boa alimentação, os pais devem também influenciar os filhos a praticar
esportes e passar menos tempo navegando na internet.
No caso das crianças que cresceram sem essas orientações ou limites,
elas podem sofrer no futuro com o excesso de peso, que podem levá-las à
necessidade de realizar uma cirurgia bariátrica.
Porém, mesmo nesse caso, a reeducação alimentar também é necessária já
que o resultado da cirurgia só é eficaz se o paciente conseguir mudar os
hábitos. Por isso, há uma preparação feita por uma equipe
multidisciplinar antes e depois da operação, para que a pessoa não volte
a engordar.

O programa mostrou a história do Mateus, um jovem de 17 anos, que
recorreu à redução de estômago após tentar perder peso de diversas
outras maneiras. Depois da cirurgia, ele conseguiu eliminar 11 kg e teve
grande mudança na sua vida, como mostrou a repórter Daiana Garbin.
Porém, o endocrinologista Alfredo Halpern alerta que reduzir o estômago
apenas troca a doença da obesidade por um procedimento que exigirá
cuidados para o resto da vida. Ou seja, não é apenas fazer a cirurgia,
mas também adotar um estilo de vida novo com a prática de atividade
física e dieta saudável para ajudar não só a perder peso, mas também a
mantê-lo.
Tudo isso mostra que, na maioria dos casos, o que importa é a
reeducação alimentar. Mesmo após a cirurgia bariátrica ou até mesmo em
pacientes que não a realizaram, sejam crianças, adultos ou idosos, a
adoção de um estilo de vida com uma dieta controlada e sem excessos traz
diversos benefícios à saúde.
Fonte: Bem Estar/G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário