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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Humanos causaram extinção do lobo-da-Tasmânia, diz estudo

Uma pesquisa da Universidade de Adelaide, na Austrália, aponta que os humanos foram os grandes responsáveis pela extinção do animal conhecido como lobo-da-Tasmânia, da espécie Thylacinus cynocephalus.

O estudo foi publicado na edição de janeiro no periódico "Journal of Animal Ecology". Segundo os pesquisadores, uma das hipóteses cogitadas era a de que uma epidemia teria sido crucial para a extinção da espécie - suposição que foi afastada pelos dados levantados no estudo.

Lobo-da-Tasmânia empalhado em museu; último exemplar morreu em 1936 (Foto: Divulgação/Museu Ulster) 
Lobo-da-Tasmânia empalhado em museu; último exemplar morreu em 1936
 (Foto: Divulgação/Museu Ulster)
 
Para averiguar como ocorreu a extinção, os cientistas criaram vários modelos matemáticos. Eles simularam os efeitos diretos da caça feita pelos humanos, da perda de habitat, da colonização europeia na região da Tasmânia e também os indiretos, como a diminuição das presas dos lobos-da-Tasmânia devido à agricultura e outras ações de origem humana.

Os resultados mostraram que o impacto da presença humana, sozinha, foi suficiente para dizimar a população dos animais, cujos últimos exemplares deixaram de existir no início do século 20.

Imagem mostra lobo-da-Tasmânia em cativeiro, no início do século 20 (Foto: Divulgação/Museu Nacional da Tasmânia) 
Imagem mostra lobo-da-Tasmânia em cativeiro,
no início do século 20 (Foto: Divulgação/Museu
Nacional da Tasmânia)
 
"Muitas pessoas acreditavam que a caça não poderia ter causado a extinção dos tilacinos [outro nome comum da espécie Thylacinus cynocephalus]. Então, surgiu a ideia de que uma epidemia desconhecida poderia ter sido responsável por isso", disse o pesquisador Thomas Prowse, um dos autores da pesquisa, ao site da universidade.

Prowse explica que, no fim do século 19, o governo da Tasmânia pagou recompensas a quem matasse lobos-da-Tasmânia e entregasse os corpos.

Existia uma ideia corrente, na época, de que estes animais eram predadores de ovelhas - um estudo recente, no entanto, aponta que as mandíbulas do tilacino eram tão frágeis que suas vítimas possuíam no máximo o tamanho de gambás.

O último lobo-da-Tasmânia morreu em um zoológico em 1936, de acordo com o estudo.

Fonte: G1.

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