Bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que engravidam no período da pesquisa
têm direito a um ano adicional no prazo do trabalho. A medida garante
que as mães bolsistas não tenham que interromper os estudos durante a licença-maternidade. O período em que as mães estão afastadas é remunerado pelo CNPq.
“[A
resolução em vigor desde novembro passado] é resultado de uma série de
reflexões sobre o tema. Nas diversas conferências e debates
internacionais dos quais participei, observamos que uma das barreiras
que mulheres cientistas enfrentam é conciliar carreira e maternidade”,
disse a pesquisadora Márcia Barbosa, professora titular da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, bolsista de Produtividade em Pesquisa e
presidente do Comitê Assessor de Física do CNPq.
De acordo com
CNPq, as pesquisadoras enfrentavam prejuízos quando o parto ocorria no
período de concessão da bolsa e muitas mães tinham que diminuir ou
interromper as atividades científicas. Na modalidade de Produtividade em
Pesquisa, a bolsa é anual, sendo concedida ou prorrogada após avaliação
da produção científica feita por comitês assessores. A medida que agora
abrange essas pesquisadoras, já estava implantada para as bolsistas de
mestrado, doutorado e pós-doutorado. “O ano adicional que o CNPq concede
permitirá que as pesquisadoras recuperem o período menos produtivo em
termos de artigos e possam continuar a carreira, ou seja, dá uma solução
de continuidade”, acredita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário