Meterorito atingiu região da Rússia no dia 15 de fevereiro
(Foto: AP Photo/ Nadezhda Luchinina/E1.ru)
Um meteorito que explodiu sobre os montes Urais, na Rússia, e que
espalhou bolas de fogo pelo céu em fevereiro é composto, em sua maior
parte, de minerais de silicatos como olivina e ortopiroxênio, disseram
geólogos russos em um comunicado emitido nesta sexta-feira (1º). Os
fragmentos também contêm níquel e sulfureto de ferro, segundo agências
internacionais.
Os pedaços foram cedidos aos pesquisadores por um morador de uma aldeia
da região onde houve a queda. Em menor medida, foram encontrados cromo,
clinopiroxênio e plagioclásio. As análises foram realizadas por
especialistas do Instituto de Geologia e Mineralogia da Academia de
Ciências da Rússia, vinculados ao departamento siberiano.
Segundo a nota oficial, o estudo dos meteoritos é fundamental para a
reconstrução dos períodos iniciais do sistema solar, já que esses corpos
celestes incluem os componentes que originalmente criaram os planetas.
Universidade Federal dos Urais analisa pedaços
do meteorito que atingiu região da Rússia
(Foto: Alexander Khlopotov/AP)
(Foto: Alexander Khlopotov/AP)
Apesar das baixas temperaturas e da abundante neve, os especialistas da
Universidade dos Urais seguem procurando fragmentos de meteorito. O
maior foi encontrado nesta semana e pesava em torno de 1 kg.
A queda do objeto do espaço deixou um grande buraco no fundo do lago
gelado de Cherbakul, segundo agências internacionais. O maior fragmento
do meteorito foi encontrado no fundo da água.
Os cientistas são contra a "coleta indiscriminada" dos restos do
meteorito pela população, já que isso acaba deixando a comunidade
científica sem um valioso material de investigação sobre a história do
Universo.
O meteorito, que deixou mais de 1,5 mil feridos na Rússia, sendo 319
crianças, possuía uma massa de até 10 mil toneladas no momento em que
explodiu na atmosfera, e é o maior que caiu sobre a Terra desde 1908,
afirma a agência espacial americana (Nasa).
Venda de fragmentos
Entusiastas amadores estimam que os pedaços de rocha espacial possam valer até 66 mil rublos (US$ 2.200) por grama -- mais de 40 vezes a atual cotação do ouro. O fato deu início a uma "corrida do meteorito" nos arredores da cidade industrial de Chelyabinsk, onde foi registrada a queda.
A explosão do dia 15 de fevereiro e a onda de choque que veio depois
estilhaçaram vidraças, feriram cerca de 1,5 mil pessoas e causaram
prejuízo de US$ 33 milhões em danos, segundo autoridades locais.
No entanto, a confirmação de que o corpo celeste, tratado inicialmente
por meteoro, era na verdade um meteorito veio quando cientistas da
Universidade Federal dos Urais afirmaram que fragmentos encontrados no
Lago Chebarkul, na região de Chelyabinsk, eram partes de um meteorito.
Estudo feito com partículas dos fragmentos encontrados na região do
Lago Chebarkul, que está congelado, apontaram que o material tinha
características de um meteorito condrito ordinário, contendo em sua
composição 10% de ferro.
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