A seca de 2012 e seu prolongamento este ano agravaram uma região de
Icó, no centro-sul cearense, com profundos problemas hídricos já há
cerca de 15 anos: o perímetro irrigado Icó-Lima Campos, de implantação
iniciada em 1969 pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca
(Dnocs) e operação a partir de 1973, continua sofrendo com a falta de
água para a agricultura.
Em 2.541 hectares, vivem 2.134
famílias. Segundo a Associação do Distrito de Irrigação Icó-Lima Campos
(Adicol), apenas 40% desses hectares são irrigados - beneficiando
somente 460 famílias. A água vem dos açudes Orós e Lima Campos, e a
produção, baseada em pequenos produtores e agricultores familiares,
desenvolve, entre outros produtos, arroz, banana, coco, e graviola.
As
quatro zonas de bombeamento pararam devido a uma estiagem no final dos
anos 1990, segundo o presidente da Adicol, Rui Teixeira Pinto. Além
disso, elas representariam custo elétrico elevado para os trabalhadores
rurais. A comunidade passa também por processo de emigração.
A
solução seria transformar as áreas de bombeamento em regiões cujo
transporte de água seja com tubulação sob o rio Salgado e distribuição
através de canal de gravidade.
Conforme cálculos do próprio
Dnocs, são necessários R$ 16 milhões para construir o canal. Atualmente,
estudo é realizado para atualizar valores. O coordenador de Tecnologia e
Operaçãos Agrícolas do Dnocs, Douglas Augusto Pinto Junior, avalia que,
na nova forma de transporte de água, devam ser gastos, na verdade, R$
19 milhões.
Entretanto, é preciso também reformar a estrutura
antiga. Isso pode fazer toda a obra chegar a R$ 40 milhões. “Estamos
prevendo já começar a licitar neste semestre . Ou parte de recuperação
ou do próprio canal”, conclui.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Os
agricultores assentados no perímetro irrigado de Icó-Limas Campos
sofrem com a falta de abastecimento de água há cerca de 15 anos. A seca
de 2012 agravou a situação. Dnocs promete investimentos já este ano.
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