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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Aplicador corre risco ao investir

Sem uma política monetária definida, BC ainda não deu sinal de como vai conter a ameaça de inflação

Dica é investir as reservas em gastos de prazos definidos, enquanto a renda fixa e variável seja aplicada em investimentos de longo prazo Foto: Divulgação

São Paulo. O investidor que procura opções para empregar de forma rentável o dinheiro está diante de um cenário que nada facilita a escolha, seja no mercado de renda fixa, seja no mercado de renda variável. A inflação ameaça continuar em alta e o Banco Central (BC) ainda não deu pistas convincentes do que pretende fazer, em ação de política monetária, para conter esse possível avanço.

Um quadro de indefinição que aumenta as incertezas no mercado de investimento. O cenário macroeconômico ficou mais complexo e os riscos cresceram para o aplicador.

O BC tem uma oportunidade de subir os juros no início da segunda quinzena. Nos dias 16 e 17 de abril, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne, pela terceira vez no ano, para deliberar sobre o rumo da taxa básica de juros, a Selic.

Embora o desconforto com o comportamento da inflação seja crescente, não seria desta vez ainda que o BC aumentaria o juro, apontam as previsões do mercado financeiro.

As análises

Há fatores que justificam tanto a elevação quanto a estabilidade do juro básico, dependendo do lado de que esteja o analista. Os que defendem a ideia de alta dos juros apontam a persistente ampliação do índice de dispersão, indicador que mostra o avanço dos preços em vários setores da economia. A inflação não seria, por aí, resultado apenas de pressões sazonais, como problemas com oferta de grãos e hortifrútis. Ademais, uma elevação dos juros, argumentam, agiria positivamente sobre as expectativas de agentes econômicos, que se sentem cada vez mais incomodados com os rumos da inflação.

União quer tudo como está

Quem gostaria de deixar tudo como está é o governo, sobretudo o Ministério da Fazenda, sob o comando de Guido Mantega, escorado também em uma teia de argumentos. Enquanto lá e cá desfiam seus motivos a favor ou contra a mexida nos juros, estima-se que a inflação acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) estoure o teto da meta em junho. A meta inflacionária é 4,50% e o limite, dois pontos porcentuais acima do centro, é 6,50%. Segundo analistas, a perspectiva é que aplicações como caderneta, fundos DI e de renda fixa continuem rendendo abaixo da inflação.

A dica, ainda assim, é que o investidor mantenha nessas aplicações o dinheiro considerado reserva ou a ser usado em prazo definido. O capital a ser investido em horizonte distante, sugerem, ser dividido entre a renda fixa e a variável. 

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