
Os bancários de grande parte do País decidiram, na noite da
última segunda-feira (01), fazer uma paralisação nas agências do Banco
do Brasil nesta terça-feira (30), véspera do feriado do Dia do Trabalho, contra o novo plano de carreira do banco que segundo os sindicalistas fere direitos dos funcionários. Os bancários cearenses, porém, não aderiram à causa.
Diferença a favor da não-deflagração da greve no Ceará foi de apenas 1 voto Foto: Yaçanã Nepomucena
Os funcionários reivindicam a revisão do plano de funções, que, dizem, trouxe prejuízos aos empregados
e reduziu as gratificações, entre outros problemas. Desde fevereiro, o
BB mudou o plano de carreiras, definindo basicamente 2 tipos de cargo e
jornada: os comissionados, que estão em cargos de confiança, com 8 horas
diárias, e os demais, com 6.
Cearenses fazem manifestação no Centro
Em assembleia realizada na noite da última quinta-feira (25), os funcionários do Banco do Brasil no Ceará rejeitaram a proposta de greve, pela diferença de 1 voto. A participação cearense no movimento nacional foi feita com uma manifestação às 9h na Praça do Carmo,
no Centro de Fortaleza. Os participantes da assembleia também aprovaram
a proposta de uma operação padrão, onde os trabalhadores não devem
vender produtos e serviços na terça-feira.
Greve deflagrada no restante do Brasil
Em São Paulo, a decisão foi tomada em assembleia do Sindicato
dos Bancários realizada na noite desta segunda. Também decidiram pela
paralisação os trabalhadores de Alagoas, Bahia, Brasília, Espírito
Santo, Minas Gerais, Paraná, Rondônia e Roraima, entre outros.
Segundo o banco, foi dada a opção aos funcionários para que ninguém tivesse de se submeter à redução de jornada e de salário
forçadamente. Os bancários afirmam que houve, sim, redução impositiva
de salário e de jornadas e que os cargos atuais não deverão ser mais
preenchidos por funcionários com o mesmo salário.
Também não está garantido que um funcionário passe a exercer função
de maior responsabilidade ganhando mais ou salário compatível com os
demais colegas do mesmo nível hierárquico. Os bancários também pedem o
"fim do assédio moral e metas abusivas" no banco, que foi pressionado pelo governo a reduzir as taxas de juros.
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