Cientistas brasileiros analisaram o material genético de índios
brasileiros que viveram no século 19 e descobriram que eles tinham
parentesco com populações nativas da Polinésia, região formada por ilhas
do Pacífico, praticamente do outro lado do mundo.
A análise foi feita com o DNA mitocondrial, uma herança genética que vem apenas da mãe e é comumente usada por pesquisadores para comparar características de diferentes populações.
Os índios botocudos são naturais de Minas Gerais, da Bahia e do Espírito Santo. Ainda existem pequenas populações, mas a maior parte da etnia foi dizimada no início do século 20. O material usado no foi retirado de crânios de índios que viveram no século 19, e a análise foi feita independentemente por cientistas no Brasil e na Dinamarca.
A semelhança do material genético dos índios e dos polinésios surpreende porque não faria muito sentido dentro da teoria vigente sobre como o homem chegou a América. Os cientistas acreditam que os primeiros humanos tenham chegado ao continente pelo Estreito de Bering – que, na era do gelo, unia Alasca e Rússia – entre 20 mil e 15 mil anos atrás.
A partir daí, os autores do estudo criaram uma série de hipóteses. Na visão deles, é possível que os polinésios e os índios brasileiros tenham algum ancestral comum, mas isso não é provável, pela data em que as migrações ocorreram nos dois continentes. Outra hipótese considerada improvável, mas não descartada, é que polinésios tenham navegado pelo Pacífico, atravessado os Andes e estabelecido contato com os botocudos no atual Brasil.
Contudo, a explicação que os pesquisadores consideraram mais plausível teria ocorrido já no século 19. Nesta época, o Brasil recebia muitos escravos da região de Moçambique, na costa leste da África. Perto dali, fica a ilha de Madagascar, onde existem populações de origem polinésia. Esses escravos poderiam então ter encontrado com as tribos indígenas no Brasil e até se reproduzido, o que explicaria a semelhança genética.
Embora não haja uma explicação definitiva para a relação, os cientistas consideram que a simples descoberta da semelhança genética entre esses dois povos já é de grande valia para explicar a história da ocupação humana no continente americano.
O trabalho foi coordenado por Sergio Pena, da Universidade Federal de Minas Gerais, em uma equipe composta por pesquisadores de outras universidades do Brasil e do exterior, e publicado pela “PNAS”, a revista da Academia Americana de Ciências.
A análise foi feita com o DNA mitocondrial, uma herança genética que vem apenas da mãe e é comumente usada por pesquisadores para comparar características de diferentes populações.
Os índios botocudos são naturais de Minas Gerais, da Bahia e do Espírito Santo. Ainda existem pequenas populações, mas a maior parte da etnia foi dizimada no início do século 20. O material usado no foi retirado de crânios de índios que viveram no século 19, e a análise foi feita independentemente por cientistas no Brasil e na Dinamarca.
A semelhança do material genético dos índios e dos polinésios surpreende porque não faria muito sentido dentro da teoria vigente sobre como o homem chegou a América. Os cientistas acreditam que os primeiros humanos tenham chegado ao continente pelo Estreito de Bering – que, na era do gelo, unia Alasca e Rússia – entre 20 mil e 15 mil anos atrás.
A partir daí, os autores do estudo criaram uma série de hipóteses. Na visão deles, é possível que os polinésios e os índios brasileiros tenham algum ancestral comum, mas isso não é provável, pela data em que as migrações ocorreram nos dois continentes. Outra hipótese considerada improvável, mas não descartada, é que polinésios tenham navegado pelo Pacífico, atravessado os Andes e estabelecido contato com os botocudos no atual Brasil.
Contudo, a explicação que os pesquisadores consideraram mais plausível teria ocorrido já no século 19. Nesta época, o Brasil recebia muitos escravos da região de Moçambique, na costa leste da África. Perto dali, fica a ilha de Madagascar, onde existem populações de origem polinésia. Esses escravos poderiam então ter encontrado com as tribos indígenas no Brasil e até se reproduzido, o que explicaria a semelhança genética.
Embora não haja uma explicação definitiva para a relação, os cientistas consideram que a simples descoberta da semelhança genética entre esses dois povos já é de grande valia para explicar a história da ocupação humana no continente americano.
O trabalho foi coordenado por Sergio Pena, da Universidade Federal de Minas Gerais, em uma equipe composta por pesquisadores de outras universidades do Brasil e do exterior, e publicado pela “PNAS”, a revista da Academia Americana de Ciências.
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