Estabelecimento vende açúcar de penitenciárias

Selo nos pacotes avisa que o produto não pode ser comercializado; empresa afirma que houve um engano

Dois pacotes de açúcar com selo da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus) foram vendidos, domingo (12), no Estrela Supermercado, na Barra do Ceará. O rótulo informava que os produtos não poderiam ser comercializados. A compra foi feita pelo técnico de informática Leo Campos, que fez a denúncia da irregularidade por meio da ferramenta VC repórter, do Diário do Nordeste (http://diariodonordeste.globo.com/vcreporter.asp). O internauta percebeu os rótulos quando abriu as compras ao chegar em casa.

A reportagem encontrou, ontem, 12 pacotes do açúcar disponíveis nas prateleiras. O supermercado alega que estes já foram retirados das gôndolas

Os pacotes ainda não foram abertos, segundo o cliente. "Apesar de ter pagado pelo produto, quero saber para quem eu posso devolver", afirma.

A reportagem foi ao estabelecimento ontem e encontrou cerca de 12 pacotes do açúcar disponíveis na prateleira. O Estrela Supermercado informou que não percebeu os pacotes com o selo do governo e garantiu que os produtos já foram retirados.

Conforme Gilberto Queiroz, gerente Distribuidora Ômega, empresa alimentícia que faz a distribuição para o supermercado e órgãos públicos, um funcionário novato enganou-se e colocou dez fardos (cada fardo com dez pacotes) do alimento dentro do caminhão que levava a carga do estabelecimento.

A Sejus afirmou, por meio de nota, que notificou a Distribuidora Ômega, "empresa licitada para a distribuição de alimentos nas Unidades Penitenciárias, para que, no prazo de 24 horas, apresente a justificativa para a entrega indevida do produto no supermercado, bem como das providências a serem tomadas".