O autor Lester Kwiatkowski examina corais no Caribe
(Foto: Mak Yiu Ming/Universidade de Exeter/Divulgação)
Um estudo publicado neste domingo (7) aponta que a poluição do ar pode
ter influência direta sobre os recifes de corais porque reduz a
incidência de raios solares sobre o oceano, o que desequilibra os
ecossistemas marinhos. A pesquisa foi liderada por Lester Kwiatkowski,
da Universidade de Exeter, na Inglaterra, e publicada na edição online
da revista “Nature Geoscience”.
Pequenas partículas de carbono suspensas no ar, que podem vir tanto de
erupções vulcânicas quanto da queima de combustíveis fósseis, refletem
de volta a luz solar. Desta forma, as nuvens ficam mais brilhantes, mas
menos luz do sol chega ao mar.
Com menos luz, as algas que fazem fotossíntese acabam produzindo menos
energia, o que afeta a cadeia alimentar marinha. Isso começa pelos
corais, que, apesar de formarem estruturas fixas no fundo do mar, são
animais e dependem da energia produzida pelas algas. Dessa forma, a
redução da quantidade de luz no mar enfraquece os corais.
Os recifes de corais servem de abrigos para vários outros animais
marinhos e proporcionam diversos ecossistemas no oceano. Assim, tudo que
os afeta também pode pôr em xeque todo o equilíbrio da vida marinha.
Esta não é a única maneira como as emissões de carbono ameaçam os
corais. Quando a concentração de CO2 aumenta na atmosfera, a água do mar
tende a ficar mais ácida, o que torna os esqueletos dos corais
quebradiços, conforme já mostraram estudos anteriores.
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