Dilma Roussef e Eduardo Campos: os petistas que defendem rompimento
querem maior liberdade para tratá-lo como adversário
Integrantes da cúpula do PT estão pressionando a presidente Dilma
Rousseff para declarar seu divórcio do governador de Pernambuco, Eduardo
Campos (PSB), que ameaça romper com o governo para desafiá-la nas
eleições de 2014.
O objetivo é afastar o que os petistas veem
como um aliado ambíguo, que passou a criticar o governo publicamente de
forma metódica sem abrir mão dos cargos que tem na administração
federal.
No PT, os que defendem o expurgo de Campos e seus
aliados argumentam que assim teriam maior liberdade para tratá-lo como
adversário, revidar seus ataques e expor as suas fragilidades.
Além
disso, os petistas querem os cargos que ele controla na máquina para
contemplar outros partidos da base insatisfeitos com o espaço que têm no
governo. Avaliam ser melhor entregá-los a siglas comprometidas com o
apoio à reeleição de Dilma.
O PSB controla atualmente o
Ministério da Integração Nacional, a Secretaria Especial de Portos e a
Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), uma das maiores
estatais do setor elétrico.
O PP, que apoia Dilma e tem o
Ministério das Cidades, já deixou claro que gostaria de assumir também a
Integração Nacional, hoje nas mãos de Fernando Bezerra, indicado por
Campos.
Bezerra defende a reeleição de Dilma. Políticos de
Pernambuco apostam que ele trocará o PSB pelo PT para disputar o governo
do Estado com o apoio da presidente. Ele nega que esteja de mudança de
partido.
Dilma não respondeu a nenhuma das críticas mais
duras que Campos fez contra sua gestão, embora as tenha considerado
acima do tom. Na semana passada, ele usou o programa de rádio e TV do
PSB para dizer que o partido tem melhores condições de fazer o Brasil
avançar.
A presidente hesita em ceder às pressões do PT para
endurecer com Campos, porque teme transformá-lo em vítima. O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal conselheiro,
concorda.
No início de abril, num encontro reservado com a
sucessora, ele disse ainda considerar possível que Campos simplesmente
desista de concorrer à Presidência em 2014.
Exatamente por isso, Lula tem adiado um encontro com o governador. Quer lhe dar tempo para rever seu projeto.
Mas quem acompanha a rotina e o humor da presidente afirma que ela está farta dos ataques do governador. (da Folhapress)
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
O
objetivo da pressão dos petistas à Dilma é afastar Eduardo Campos como
“aliado ambíguo”, que está criticando o governo publicamente de forma
metódica sem abrir mão dos cargos que tem na administração federal.
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