Sebrae implantará Central de Negócios em Limoeiro

Ideia é promover ganho para empresários, clientes e a comunidade onde os comércios estão inseridos

Limoeiro do Norte. O Sebrae está articulando a implantação de mais uma Central de Negócios neste município, desta vez sendo o trabalho direcionado para lojas de material de construção. Após os bons resultados com o setor de mercadinhos e pequenos produtores do Perímetro Irrigado Tabuleiro de Russas, o Sebrae pretende estimular o cooperativismo diante das perspectivas de continuidade de expansão do setor.

O número de lojas de material de construção cresceu nos últimos anos diante do aquecimento da construção civil. O intuito do Sebrae em realizar um trabalho específico para este setor é promover ganhos para os empresários, clientes e a comunidade onde os comércios estão inseridos. De acordo com a articuladora Regional do Sebrae, Wandrey Pires, a região tem mostrado grandes possibilidades para este mercado e isso poderá atrair grandes redes.

O número de estabelecimentos comerciais ligados ao segmento cresceu bastante nos últimos anos diante do aquecimento da construção civil FOTO: ELLEN FREITAS

"O que propomos fazer junto a estes comerciantes é antecipar o trabalho diante de grandes concorrências que venham a se instalar na região. Hoje, o principal concorrente de uma loja de material de construção não é outra loja no mesmo padrão e sim as grandes redes que estão buscando espaços no interior", explica Wandrey.

O exemplo dado pela articuladora é o comportamento de donos de mercadinhos após a instalação de um grande supermercado no município, segundo ela, os pequenos empresários sentiam necessidade de melhorar e qualificar seus negócios para competirem de igual para igual.

Cooperativismo

Surgiram as duas redes de mercantis do município, a Amevale e a Limoforça, que vem alcançando índices positivos e estão no mercado de igual para igual com as grandes redes.

"Desta forma nós estamos nos reunindo com donos de lojas de material de construção para criarmos uma Central de Negócios do setor", comenta, ressaltando que, atualmente, "a cidade possui muitas lojas e queremos organizar para que elas tenham novas oportunidades de crescimento e de conquistas de novos mercados", informa a articuladora do órgão.

O Sebrae está fazendo um levantamento no número de lojas e realizando um cadastro. Até o momento mais de 25 lojas já foram contabilizadas. Já foram realizadas duas reuniões com proprietários expondo a proposta e explicando os benefícios do cooperativismo. Doze já demonstraram o interesse em formar a Central de Negócios.

"Infelizmente muitos pequenos empresários ainda não possuem a cultura cooperativista que é bastante comum nas regiões Sul e Sudeste do País", reclama, mostrando um exemplo em outro Estado. "No Paraná, por exemplo, empreendedores bem pequenos se unem para ganharem mais e é isso que o Sebrae tenta desenvolver aqui na região, o cooperar uns com os outros para crescerem todos", afirma Wandrey.

Um dos empresários que demonstrou interesse na proposta do Sebrae foi Paulo Andrade, proprietário da loja Constrular, que está no ramo de material de construção há mais de 20 anos. Ele conta que a proposta para criação de uma Central de Negócios colaboraria e muito para organização do setor, na região.

"Infelizmente, como em todos os setores, existe a concorrência desleal, onde a busca por vender mais faz com que algumas lojas diminuam muito os preços, sem pensar em riscos como o lucro mínimo, por exemplo. A Central pode vir a ajudar para que os negócios sejam feitos de forma responsável", desabafa Andrade.

O cooperativismo oferece inúmeras vantagens para seus associados. Uma delas é a barganha de preços de produtos junto aos fornecedores.

Desta forma, comprando em grandes quantidades, é possível negociar a um preço menor. Isso reflete diretamente no bolso do consumidor, que poderá comprar mais barato, estimulando o aumento do volume de vendas e resultando, por conseguinte, em ganhos maiores para o lojista.

Case de sucesso

Um dos exemplos citados por Wandrey é a Rede Construmap, em Maracanaú, que teve articulação do Sebrae. A Rede conta com 15 lojas em cinco cidades, incluindo Fortaleza. Um representante da Rede participará de uma reunião, com os empresários deste município para contar a experiência da Central de Negócios e o que ela agregou de positivo ao comércio local.

Experiência

A próxima reunião está marcada para o dia 8 de abril, no escritório Regional do Sebrae, em Limoeiro do Norte.

Esta é a quarta Central de Negócios que o Sebrae articula na região. Além das redes Amevale e Limoforça, a Central de Frutas do Tabuleiro de Russas (Cfrutar), também é resultado de um incentivo ao associativismo.

As experiências estão alcançando índices positivos e conquistando novos sócios, que enxergam nas redes a possibilidade de melhorar seus negócios.

"A partir da próxima reunião, onde os empresários vão definir com o Sebrae se eles querem construir ou não a Central de Negócios, o processo para implantação leva em torno de três a quatro meses para ser concluído", estima Wandrey.

Mais informações

Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae
Escritório Regional de Limoeiro do Norte
(88) 3423-1259

ELLEN FREITAS 

COLABORADORA