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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

42 cidades precisam de ações para não entrar em colapso

Vinte e dois municípios ficarão com reservas insuficientes até o fim deste ano e 18 cidades já precisam de ações emergenciais. Até o início de 2014, o risco de colapso é iminente para outros dois municípios.


O açude Colina, única fonte hídrica de Quiterianópolis (a 410 km da Capital), secou em julho. Hoje, os mais de cinco mil habitantes da cidade dependem da água levada por 23 carros-pipa e retirada de seis poços. O município é um dos 22 que, com reserva insatisfatória, correm o risco de entrar em colapso ainda em 2013.
Para que isso não ocorra, ações emergenciais devem ser executadas, a exemplo do que já vem acontecendo em outras 18 cidades. Até o início de 2014, o risco de desabastecimento completo é iminente para outros dois municípios, totalizando 42 cidades à mercê de ajuda para não colapsar. Quatro delas já começaram a racionar água.
Os dados fazem parte de relatório elaborado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). O documento relaciona as 42 cidades que apresentam criticidade de abastecimento e aponta as ações emergenciais e soluções definitivas para cada um dos municípios. De acordo com o relatório, 26 açudes estão em situação crítica. O documento aponta também 25 mananciais (três rios e 22 açudes) que ainda têm condições de fornecer água e são fontes para instalação de adutoras e carregamento de carros-pipa, ações emergenciais propostas.
Entre as soluções definitivas propostas está a construção de mais seis açudes, porém, sem prazo de conclusão estabelecido. “O açude Colina foi construído há 20 anos e nunca chegou nessa situação. Ele tem capacidade para três milhões de metros cúbicos, mas a nossa população tem aumentado muito e, mesmo que chova, a barragem não conseguirá mais suprir”, afirmou o secretário-adjunto da Agricultura de Quiterianópolis, Miguel Coutinho.
Situação das cidades

No município de Baixio, na Região Centro-Sul, dois carros-pipa levam água à população. A grande espera, entretanto, é pela perfuração de quatro poços, conforme o secretário da Agricultura, Geraldo Lima. “Fazendo esses poços, a situação melhora muito. A pessoa não esperaria só pelo carro-pipa, pegando água com até dois quilômetros de distância”. A solução definitiva proposta no relatório da Cogerh prevê conclusão, através da Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra), de adutora a partir do açude Jenipapeiro, obra que estaria com 90% dos tubos instalados. “Fizeram essa barragem, mas não tem água e já está enchendo de mato”, diz Geraldo.
Em Salitre, a principal fonte hídrica é um sistema de poços que, em regime de racionamento, atende apenas 50% da demanda. Conforme o documento da Cogerh, outros poços foram perfurados, porém, não houve vazão suficiente e o nível de salinidade da água era alto. “Hoje tem um poço no Centro, que serve cerca de 20% da cidade. O restante depende da venda de água nas carroças ou dos carros-pipa”, contou o secretário da Agricultura do município, João Costa e Silva.
Acopiara também é uma das cidades com alta criticidade de abastecimento. O manancial que fornecia água para o município era o açude Quincoê, hoje seco e substituído pelo açude Raimundo de Morais, que também está com reserva crítica. “Esse açude atende 19 carros-pipa, mas já avisamos ao Exército, que leva água para a zona rural, para abastecer no açude Boiote, deixando a água de lá (açude Raimundo de Morais) apenas para a sede”, disse o secretário da Agricultura do município, José Moreira de Andrade. A espera da população é pela adutora a partir do açude Trussu, obra executada pela Prefeitura junto com a Fundação Nacional da Saúde (Funasa), desde 2006.
26
açudes estão em situação crítica e 22 ainda têm condições de fornecer água
9
adutoras de montagem rápida foram feitas e outras 6 ainda devem ser

 Fonte: O Povo

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