J. B. Pontes |
Mãe Nova Russas
J. B. Pontes
Por gesto de generosidade,
De um verdadeiro cristão,
Surge singelamente a cidade,
Logo em franca expansão.
Uma capela, um rio lindo,
Deram vida à povoação,
Ela liga ao espiritual, ao divino,
Ele ao material, ao seco chão.
Em torno de uma capela,
Enlaçada pelo belo rio,
Cresce célere a cidadela,
Em pleno sertão bravio.
A vida sempre sofrida,
Pela aridez do ambiente
E pela inconsciência sentida
Das elites dominantes...
Seus filhos nascem e crescem
Livres e soltos pelos espaços,
Vivem expostos ao sol ardente
Que lhes acentua os traços.
Os filhos da terra, numerosos,
São seres fortes e saudáveis,
Simples, honestos e generosos,
Felizes, alegres, afáveis.
Espalham-se por todo o País,
Uns carpinteiros e engenheiros,
Outros serventes e garis,
São todos, de fato, guerreiros.
São garçons, pedreiros e cozinheiros,
Advogados, juízes e professores,
Corretores, frentistas e serralheiros,
Comerciantes e até escritores.
A igreja sempre bem cuidada,
Em exaltação ao espírito;
O rio sempre maltratado,
Flagrante desprezo pela vida.
Mas mostra a sabedoria:
Corpo e alma é um só Ente;
Trata ambos com maestria,
Quem da vida bem entende.
Assim, o rio (Curtume) revitalizar,
É nosso dever e urgente,
Para a vida equilibrar,
E torná-la mais pujante.
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