A Regional responsável deverá, na próxima fase do trabalho,
retornar aos endereços
inspecionados para fiscalizar se as recomendações
foram seguidas.
Os imóveis que não regularizarem sua situação poderão
ser fechados
FOTO: WALESKA SANTIAGO
Segundo a Defesa Civil, as vistorias em outros bairros devem ser realizadas apenas no próximo semestre
Mais de 180 edificações foram identificadas em estado de
vulnerabilidade no Centro e nas imediações do bairro. Destas, mais de
quarenta foram consideradas de alto risco. A vistoria realizada pela
Defesa Civil de Fortaleza, entre dezembro do ano passado e janeiro deste
ano, foi finalizada, e o relatório será entregue hoje para a sua
regional.
Enquanto isso, nas outras regionais não há um mapeamento ou
levantamento minucioso da quantidade de prédios em situação de risco.
Durante a atual quadra chuvosa, os agentes estão concentrando os seus
esforços em ações preventivas e de orientação para a população não jogar
lixo nas ruas, além de limpeza dos canais. Ao final desse período, com
previsão para o fim do semestre, a intenção é partir para os outros
bairros.
Percebendo os dados desatualizados do sistema, os agentes da Defesa
Civil foram em campo apurar quais são as construções com ameaças físicas
e estruturais no Centro da cidade. As ocorrências mais comuns, apontam
os inspetores, foram fachadas de lojas em péssimas condições e marquises
e prédios em mau estado de conservação.
De acordo com o coordenador do Núcleo de Ações Preventivas, Elineudo
Maia, os casos de maiores problemas foram os prédios comerciais.
Enquanto casas com mais de cem anos encontravam-se na maioria das vezes
em perfeitas condições, houve lojas em que não havia mais esperanças.
Cerca de duas lojas foram lacradas durante a vistoria, segundo afirmou o
coordenador.
Reformas
Ainda conforme Elineudo, a maioria dessas edificações são locadas.
Diante disso, o que normalmente acontece é o inquilino ficar esperando
pelo locatário para fazer o investimento necessário nas reformas ou,
então, não querem parar de comercializar para fazer os devidos
melhoramentos na estrutura.
Para a vistoria, um agente da Defesa Civil, um engenheiro civil
prestando consultoria técnica e um agente da regional foram designados
para fazer um relatório minucioso sobre o estado de conservação de cada
um dos prédios visitados. Durante a inspeção, orientações eram dadas
para o proprietário ou responsável pelo imóvel presente.
Eles eram ensinados a procederem com as medidas corretas para
regularizar a situação de acordo com as exigências cabíveis, com a
intenção de sanar ou amenizar o risco. Dependendo do tamanho do edifício
ou de suas condições, o levantamento demorava uma manhã inteira.
Após essa primeira etapa de mapeamento e orientação, foi dado um prazo
para seguir com as exigências para sanar os riscos. Não há um limite
único, varia conforme os riscos de cada edificação. Após a entrega,
feita hoje, do relatório final, a regional irá anunciar quando irá
começar a retornar aos endereços inspecionados para fiscalizar se as
recomendações foram feitas e tomar as medidas administrativas. Caso não
haja mudanças, o imóvel pode ser até fechado.
Fonte: Diário do Nordeste.
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