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sexta-feira, 14 de março de 2014

Aprovação do papa chega a 93%

Papa Francisco 
"Rezai por mim", essa foi a mensagem divulgada ontem no Twitter
 pelo papa (foto), e que lembra o mesmo pedido realizado, há um ano
Foto: Reuters 
 
Buenos Aires. Contrariando o ditado popular “santo de casa não faz milagre”, o papa Francisco, segundo uma pesquisa da consultoria Poliarquia, conta atualmente com 93% de aprovação popular na Argentina.

Naquele país, no qual as lideranças raramente possuem o consenso generalizado dos habitantes, Francisco possui apenas 1% de imagem negativa. A pesquisa também sustenta que 69% dos entrevistados consideram que o pontífice está gerando “grandes mudanças” na Igreja Católica. Outros 22% afirmam que Francisco está realizando “reformas moderadas”. Somente 6% sustentam que o papa está fazendo “poucas” mudanças.

Segundo a Poliarquia, Francisco também conta com a simpatia de setores não-católicos. Do total deste grupo de pesquisados, 42% sustentam que confiam mais na Igreja desde que Francisco é papa. Outros 36% afirmam que a imagem da instituição religiosa não mudou neste ano. Alejandro Catteberg, diretor da consultoria, sustenta que “na Argentina o impacto de sua figura vai mais além do meramente espiritual, religioso ou simbólico, já que desenvolveu uma enorme importância no plano político”.

Pedido de oração

O pontífice argentino rompeu o silêncio dos exercícios espirituais que começou no domingo para pedir, em mensagem no seu perfil em um microblog, que rezem por ele. “Rezai por mim”, foi a mensagem divulgada ontem pelo papa, e que lembra o mesmo pedido realizado, há um ano, ao sair na sacada da Logia central da Basílica de São Pedro para se apresentar ao mundo.

Entrevista na web

Finalizando a série de entrevistas e depoimentos feitas acerca do aniversário de pontificado do papa Francisco, a Redação Web do Diário do Nordeste publicahoje a entrevista com Benjamin Paz, um dos coordenadores da Jornada Mundial da Juventude. Nela, Paz analisa qual o papel do novo pontífice para a Igreja. Ontem, o entrevistado foi o estudioso da religião Thiago Aguiar. Confira abaixo: 

Qual a marca do primeiro ano de pontificado do Papa Francisco, na sua visão?

Com certeza, a humildade e uma grande vontade de acolher a todos. Acho que o Papa Francisco quer destacar esses rasgos à imagem de Cristo. Ao mesmo tempo, ele mostrou uma cara mais "humana" da figura do Papa, valorizando a proximidade e a fraqueza humana.

Quais as impressões pessoais e as experiências que podem ser destacadas no contato entre o senhor e Vossa Santidade, durante a JMJ?

Ele é extremamente simples e próximo. Com olhar de pai, olhando nos olhos das pessoas, não fez distinção (nem mediu riscos) à hora de se aproximar das pessoas. Sempre antes de se despedir pedia para que rezassem por ele. Uma das coisas que eu mais gostei foi o fato de ele colocar os jovens como protagonistas. Ele se colocou como instrumento ao serviço da JMJ e realizou uma agenda muito cheia de compromissos com um sorriso no rosto todo o tempo. 

Na sua visão, quais as principais diferenças entre os estilos de pontificado entre os Papas Francisco e Bento XVI? O que representou a renúncia deste último para a Igreja?

Eu acho que cada um trouxe contribuições muito significativas para a Igreja, principalmente, considerando o contexto em que cada um assumiu. Bento era um Papa mais intelectual, Francisco é, talvez, mais voltado ao coração. A renúncia do Papa Bento XVI foi um gesto de amor e valentia, em tempos em que todo mundo quer se aferrar ao poder, ele decidiu se afastar pelo bem maior. 

A defesa dos direitos humanos e a aproximação com outros religiosos e até com grupos ateus têm sido elogiada por grupos de fora do catolicismo, como uma das maiores virtudes do Papa Francisco. Como enxerga os esforços do novo pontífice em fazer a Igreja se aproximar também do mundo não católico? 

Acho imprescindível. A Igreja precisa estar voltada pra fora. É necessário que exista conhecimento e respeito mútuo entre as diferentes realidades que compõem a nossa realidade global. 

Muitos analistas à época da renúncia do Papa Bento XVI, falavam da necessidade de uma renovação da Igreja. Acredita que o Papa Francisco já conseguiu imprimir esse espírito na condução do Vaticano ou o caminho ainda é muito longo?

Acredito que sim, mas não se trata de uma renovação na mensagem, mas sim na "música", na forma de transmiti-la. Ainda tem um longo caminho por percorrer mas foi um início firme e certeiro. 

Por fim, como vê a atuação do Papa Francisco junto à juventude católica? Qual o impacto do pontificado de V. Santidade na captação, manutenção e motivação desses jovens?

O jovem do nosso tempo está, como todos nos, à procura da felicidade. Às vezes não pelos melhores caminhos. Mas isso é só por falta de uma referência positiva. Acredito que o Papa Francisco é essa referência e está encorajando a que muitas pessoas assumam essa função na sociedade com seus chamados a ser protagonistas e revolucionários.
 
 
Fonte: Diário do Nordeste

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