Aécio Neves vem ao Pará para cumprir compromissos de
campanha nesta segunda-feira
(Foto: Alexandre Nascimento/G1)
O candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Aécio Neves,
cobrou nesta segunda-feira (8) que sejam apuradas as suspeitas de que
dezenas de senadores e deputados federais de três partidos (PT, PMDB e
PP), governadores e um ministro teriam se beneficiado de um esquema de
pagamento de propinas oriundas de contratos com fornecedores da
Petrobras. Ressaltando que quer evitar "pré-julgamentos", o
presidenciável tucano afirmou, ao desembarcar no aeroporto de Marabá
(PA), que a Justiça apure as denúncias.
"Estas novas denúncias têm que ser apuradas. Não vou fazer
prejulgamento. Espero que a Justiça seja acionada e apure tudo o que foi
denunciado", disse Aécio ao chegar em Marabá para compromissos de
campanha.
Reportagem da edição deste fim de semana da revista "Veja"
afirma, sem dar detalhes ou apresentar documentos, que Paulo Roberto
Costa revelou em depoimentos ao Ministério Público Federal (MPF), na
superintendência da Polícia Federal em Curitiba, que três governadores,
seis senadores, um ministro e, pelo menos, 25 deputados federais foram
beneficiados com as propinas.
Segundo a publicação, Costa citou, entre outros políticos, os nomes da
governadora Roseana Sarney (Maranhão) e dos ex-governadores Sérgio
Cabral (Rio) e Eduardo Campos (Pernambuco); do ministro de Minas e
Energia, Edison Lobão; dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero
Jucá (PMDB-RR) e Ciro Nogueira (PP-PI); e dos deputados Henrique Eduardo
Alves (PMDB-RN), Cândido Vacarezza (PT-SP), Mário Negromonte (PP-BA) e
João Pizzolatti (PP-SC). Os políticos mencionados na reportagem negam envolvimento no esquema de pagamento de propina na Petrobras.
No final de semana, Aécio chamou as denúncias envolvendo a petroleira de "mensalão 2" e destacou que não dá para a presidente Dilma Rousseff dizer que "não sabia"
das supostas irregularidades na estatal do petróleo. A petista, no
entanto, declarou no domingo que as informações apontadas pela revista
"Veja" não geram suspeita sobre o governo.
No Pará, o candidato voltou a fazer a comparação das denúncias na
Petrobras com o mensalão. Ele disse ainda que o governo "enlameou" a
empresa.
"No Congresso Nacional, liderei a constituição de uma CPMI para
investigar a Petrobras. O governo dizia que nós estávamos atacando a
imagem da principal empresa brasileira. A verdade e que o governo do PT
enlameou a nossa principal empresa. E não adianta o governo dizer que
não sabia: é preciso que as respostas sejam diretas, objetivas. Que
essas investigaçõess possam sem aprofundadas, e quem tem
responsabilidade tem que ser punido exemplarmente", disse.
Agenda de campanha no Pará
Aécio Neves desembarcou por volta das 10h em Marabá, município do sudeste do Pará. Do aeroporto, Aécio seguiu para a sede do Rotary Club, onde participa de um encontro com lideranças políticas na região. Após o compromisso, está prevista uma caminhada do presidenciável tucano na avenida Antonio Maia.
Aécio deixou Marabá por volta de 12h40 e seguiu para Belém.
Na capital do estado, ele fez uma caminhada na feira da 25 e participou
de comício na travessa Lomas Valentinas acompanhado do governador do
Pará, Simão Jatene, e do senador Flexa Ribeiro.
Fonte: G1

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