Promessas para melhorar as ações nas áreas saúde, segurança e educação
e, quando mais ambiciosos ou exagerados, resolver problemas que se
arrastam por décadas no Brasil. O mantra se repete de uma ponta a outra
do País, estejam em disputa aos cargos executivos em nível nacional,
estadual ou municipal.
No meio do embate de projetos, a cultura - via de regra - ocupa lugares
de pouco destaque. A precariedade do debate em torno do tema termina
por se traduzir uma realidade de triste homogeneidade. Não é de hoje que
as gestões da cultura ficam aquém das demandas históricas da área,
independentemente de qual partido esteja no poder. Prova disso é a
dificuldade - observada em todo o País, importante salientar - de se
garantir recursos compatíveis com a importância do setor.
A militância cultural exige, pelo menos, 1% do orçamento total da
União, dos Estados e municípios. Esta meta não apenas continua a ser
difícil de ser alcançada, como é comum que os recursos para área - já
exíguos - sejam sacrificados ao menor sinal de crise ou calamidade.
Tirar recursos justamente de onde há menos é uma escolha, no mínimo,
estranha.
A cada pleito, o Caderno 3 procura aquecer o debate estadual em torno
da cultura. Os candidatos ao Governo do Estado são convidados a
responder uma série de questões específicas a respeito do tema. A
intenção é informar o leitor sobre um ponto que pouco espaço terá em
comícios, debates e programas eleitorais no rádio e na televisão aberta.
Visões
O objetivo é possibilitar que a sociedade cearense conheça as visões
que cada postulante tem do campo cultural; a forma como pretende de
gerir os recursos para a área e a administração da Secretária da Cultura
do Estado do Ceará (Secult); que tipo de perfil de secretário os
candidatos pretendem nomear, caso eleitos; além da própria relação que
cada um deles mantém com os produtos e com a produção cultural cearense.
Na última segunda-feira, a equipe do Caderno 3 procurou as coordenações
das campanhas de Ailton Lopes (PSOL), Camilo Santana (PT), Eliane
Novais (PSB) e Eunício Oliveira (PMDB). Foi enviado um questionário com
15 perguntas que o leitor encontra aqui, na íntegra. Junto ao
questionário, foram expressas as exigências quanto à extensão das
respostas. Caso estas ultrapassassem o número de caracteres estabelecido
pela equipe do jornal e acordado com os assessores, o texto seria
editado de maneira a se ajustar ao projeto editorial previsto.
As respostas foram distribuídas por candidato, encadeados em ordem alfabética.
Fonte: Diário do Nordeste
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