Uma substância derivada de árvores do ipê pode
ser o caminho para o tratamento de leucemias — diferentes tipos de
câncer que afetam os glóbulos brancos, células responsáveis pelo sistema
de defesa do organismo. Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz
(IOC/Fiocruz) e da Universidade Federal Fluminense (UFF) identificaram
três moléculas capazes de atuar sobre glóbulos brancos cancerígenos, sem
afetar as células saudáveis. A descoberta pode levar à criação de
fármacos específicos para o tratamento de diferentes tipos de leucemias.
O trabalho foi publicado na revista científica European Journal of
Medicinal Chemistry.
Os pesquisadores criaram as moléculas da
união do núcleo das células de outras duas substâncias e as testaram em
quatro linhagens diferentes de leucemia, duas de linfoide aguda, mais
comum em crianças e com prognóstico melhor; e duas de mieloide aguda,
mais rara, mas responsável pelos casos mais graves. Dos 18 compostos
criados, 3 se mostraram mais potentes e com seletividade maior –
atacaram as células cancerígenas e, em menor grau, as células saudáveis.
E, principalmente, tiveram comportamento diferenciado em relação às
linhagens de leucemia. Uma delas se mostrou 19 vezes mais potente sobre
células de leucemia linfoide do que sobre as de leucemia mieloide.
Fonte: Robson Pires Xerife
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