A mãe e irmãs de Silmara Henrique de Souza, mulher que foi atropelada e morta por um ônibus desgovernado, no último dia 16, no Bairro Henrique Jorge, em Fortaleza, denunciam
que a empresa de ônibus não procurou a família para explicar o que
ocorreu. De acordo com a mãe de Silmara Henrique, a dona de casa Antônia
Henrique Barbosa, a empresa também não compareceu ao 37º Distrito
Policial.
"No momento em que recebi a notícia perdi o chão dos meu pés. Tremi.
Fiquei louca'', diz a mãe. Segundo Antônia, a filha tinha um problema
neurológico e morava com ela no Bairro Conjunto Palmeiras. Ela gostava
de passear de ônibus. Todos os dias, saía dizendo que ia ''dar uma
voltinha'' de ônibus e sempre retornava para casa, segundo a família
No dia do acidente, Silmara não portava documentos, não foi
identificada, e as primeiras informações foram de que ela era uma
pedinte, já conhecida pelos moradores da rua.
Emocionada, uma das irmãs lembra da última conversa entre elas. Foi ela
a primeira a reconhecer a irmã no Instito Médico Legal. "Pedi que ela
não fosse. Mas não conseguimos que ela não saísse'', diz Sirlene de
Souza. "A empresa nãos e manifestou. Ficamos sabendo qual era a empresa
na delegacia. Eles ergueram os muros da população, mas em termos da
vítima não se manifestou", disse Sirlene.
A empresa disse que não procurou a família porque no dia e no local do
acidente recebeu a informação de que a vítima era moradora de rua, mas
agora eles podem ir a sede da viação para dar andamento às providências.
Acidente
O veículo que matou Silmara estava estacionado no fim da linha, na Rua Monsenhor Hipólito Brasil, no Bairro Henrique Jorge, quando desceu a rua e colidiu com o muro de duas residências, atropelando a vítima que estava sentada na calçada.
Testemunhas afirmaram à polícia que o motorista se esqueceu de acionar o
freio de mão, versão não confirmada ainda pela perícia. O laudo deve
ser concluído no mês que vem.
Ônibus desceu rua e matou mulher
(Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
Fonte: G1/CE

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