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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Próteses dentárias desaparecem de centro de especialidades em Fortaleza


Vinte e uma próteses dentárias foram extraviadas do Centro de Especialidade Odontológica de Messejana (CEO), em Fortaleza. De acordo com a  Secretaria Municipal de Saúde, 21 próteses dentárias foram extraviadas, no total de cerca de R$ 2.405,00.

O aposentando Aloísio Marinho precisava de duas próteses dentárias. Depois de esperar por quase um ano e meio, descobriu que teria de recomeçar todo o processo, porque o material já pronto havia sumido. Ele resolveu procurar uma clínica particular, no Bairro Bom Jardim, onde concluiu o tratamento.

“Tive que fazer tudo de novo, pois eles informaram para mim que tudo foi extraviado do laboratório e eu tinha que começar tudo de novo. Esperar mais dois anos novamente. Eu me senti humilhado. Isso que aconteceu comigo foi um desrespeito. Quantas pessoas estão na mesma situação? Vão passar  um ano ou dois anos para receber uma prótese dentária?, diz o aposentado.

Falta de atendimento

O Centro de Especialidade Odontológica da Messejana funciona no mesmo prédio de um posto de saúde. E além do aposentado  Aloísio Marinho outras pessoas também reclamam da demora do atendimento. A produtora de eventos, Rosa Maria Pereira, disse que está com um problema dentário, mas não consegue atendimento.

“Eu preciso que olhem um dente meu. Se pode voltar o pivô pro lugar”, reclamou. “ “Essa é a primeira vez que to vindo aqui no CEO e não tem material. Não tem nem previsão de quando ia chegar eu vou chegar em casa e fazer outra denúncia pra tentar melhorar, se todos fizessem isso tentar melhorar”.

A costureira Maria José chegou mais perto de ter o problema resolvido. No entanto, ela já espera quase cinco anos. “Todo o procedimento para colocar o pino, e depois a coroa, já foi feito, eu tô esperando (sic). O resto eu já fiz lá. Só falta terminar o procedimento. A espera já dura cinco anos”, conta.

Escassez de profissionais

O coordenador de saúde bucal da secretaria de saúde do município, José Carlos de Sousa , confirma o problema no atendimento. A quantidade de profissionais e de CEOs, sete em Fortaleza, não é suficiente para atender a procura.

“Nós temos uma demanda reprimida muito grande vinda de um histórico. Nossos profissionais têm muitos pacientes a atender. A tendência é que nós aumentemos isso aí. Temos um projeto para aumentar o número de CEOs.

“Nos trabalhos de próteses houve um extravio. Vamos trabalhar para resolver esse problema o quanto antes”, disse.

A Secretaria Municipal de Saúde  informou também que o prejuízo será pago pela empresa terceirizada.


Fonte: G1/CE

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