Em 2014, pelo menos 15 pessoas morreram à espera de um leito em Unidade
de Terapia Intensiva (UTI), no Ceará. A denúncia foi feita nesta
terça-feira (3) pela Defensoria Pública da União (DPU, durante audiência
de conciliação com representantes da Justiça, da Defensoria e das
secretarias estadual e municipal para tentar um acordo sobre o aumento
de vagas em UTIs no Estado.
De acordo com a Secretária de Saúde do Estado, a rede pública tem 882
leitos de UTI disponíveis para atender a população, número suficiente
para atender à demanda.
De acordo com a DPU, 150 pessoas estão na fila à espera por um leito em
UTI no Ceará, número diferente do informado pelas secretarias municipal
e estadual de saúde, que estimam um número entre 60 a 80 pessoas na
fila.
Os defensores querem que sejam construídos mais 150 novos leitos, mas
os governos estadual e municipal se comprometeram a construir apenas 80
até o fim do ano: 40 no município de Quixeramobim, e 40 no Hospital das
Clínicas, em Fortaleza.
Segundo o Presidente da Sociedade Cearense de Terapia Intensiva, doutor
Joel Isidoro, o número de leitos não é suficiente para atender a
população carente e os leitos da rede privada também estão sumindo.
Além disso, as liminares concedidas pela Justiça, permitem que
pacientes passem na frente de outros que estão da de espera por uma
vaga. Ele diz que o número de leitos é insuficiente principalmente para a
população adulta.
A Prefeitura de Fortaleza tem até o dia 25 de fevereiro para apresentar
um documento sobre a fila de espera por leito de UTI. A partir dessa
data será proposto um acordo para criação de novos leitos.
Fonte: G1/CE
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