Informações completas custam até R$ 79. No entanto, alguns dados,
como endereço, têm acesso gratuito. Serviço tem domínio registrado na
Suécia e vem sendo anunciado em ferramentas como WhatsApp.
Endereço,
telefone e até os dados do vizinho. Tudo isso está ao alcance de quem
digita o nome ou o número do seu CPF em mais um site que fornece dados
ilegalmente na rede. Algumas informações podem ser acessadas
gratuitamente, mas o tudosobretodos.se vai além: ele cobra taxas por
dados mais específicos e detalhados. O site, que tem domínio registrado
na Suécia, revela, por exemplo, nomes de parentes, lugares onde a pessoa
já morou e até suas redes sociais. Para ter acesso a todas as
informações, é preciso fazer um cadastro e pagar por créditos, que
custam R$ 0,99 cada. E para obter dados de mais pessoas, o site oferece
planos que vão até R$ 79 - e ainda faz promoção com descontos. Revoltado
por ver seus dados na rede, o autônomo Ubirajara Souza, que é morador
de São Paulo, diz temer que a divulgação das informações deixe as
pessoas ainda mais vulneráveis:
"Eu estou apavorado, porque fiquei exposto a qualquer situação."
O advogado e
professor de Direito Eletrônico, Walter Capanema, explica que, segundo o
Código de Defesa do Consumidor, a divulgação de bancos de dados sem
consentimento é crime, mas há uma grande dificuldade de denunciar e
identificar os autores.
"O grande problema é localizar os infratores porque, normalmente, eles criam o site em um domínio estrangeiro."
Especialista em
Segurança da Informação, Lincoln Werneck aponta que esse tipo de crime é
resultado da falta de uma legislação específica sobre a proteção de
dados pessoais na rede. Ele pede, por exemplo, mais punição às
instituições que vazam os dados.
"Todas as empresas que detêm informações pessoais devem ter ambientes seguros e controlados, para que isso não aconteça."
Segundo o site
Tudo Sobre Todos, os créditos têm validade de 3 meses e podem ser
reativados com novas recargas. Em maio deste ano, o site 'Nomes Brasil',
que oferecia serviço semelhante, foi tirado do ar pela Justiça
Brasileira. Ele reunia os números de CPF´s e a situação cadastral dos
documentos.
Fonte: CBN
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