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sábado, 25 de julho de 2015

Violência contra crianças cresce no CE no primeiro semestre, diz polícia

O número de violência contra jovens e adolescentes no Ceará no primeiro semestre de 2015 supera o total de crimes contra essas pessoas no mesmo período do ano passado, de acordo com a Polícia Civil. Ainda segundo a polícia, na maioria dos casos, esses crimes envolvem pessoas próximas às vítimas, como parentes e vizinhos.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), nos seis primeiros meses de 2014 foram 157 crimes de violência contra crianças e adolescentes no estado. Em 2015, foram 187 casos.

Em relação ao crime de estupro de vulnerável, houve redução desde o ano passado. Segundo os dados da secretaria, foram 47 denúncias de estupro de vulnerável no Ceará no primeiro semestre 2014; enquanto que em 2015 foram 14 denúncias.

Os casos são registrados pela Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente, a única delegacia do Ceará especializada nesse tipo de crime. “São crimes acontecem no interior das residências, no meio familiar, local onde a criança deveria estar totalmente guardada, vigiada, protegida”, relata a delegada Ivana Timbó.

A delegada afirma há dificuldade por parte das famílias para fazer denúncias de estupro de vulnerável. A Polícia Civil recomenda que os crimes sejam denunciados de imediato. “Alguém que não queira identificar, que não faça parte dessa família, um vizinho, mas que sabe que aquela criança está sendo abusada, ela pode recorrer ao Disque Denúncia nacional, ligando para o telefone número 100”, recomenda a delegada Ivana Timbó.

Fórum de defesa
 
Os casos de denúncia de violência contra crianças são acompanhados pelo Fórum Permanente de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. O Fórum DCA conta com apoio de 40 ONGs, seis delas trabalham diretamente com o enfretamento à violência sexual. Eles dão suporte psicológico e estrutural para quem sofre exploração ou abuso.

O grupo realiza também um trabalho preventivo, para evitar esse tipo de prática criminosa. “A gente precisa ter unidades de acolhimento especializadas para esse tipo de vítimas. A gente precisa de serviço terapêutico para essas vítimas. Existe mas está bem deficiente”, diz Lídia Rodriguez, da Comissão de Enfrentamento à Violência Sexual do Fórum DCA.


Fonte: G1/CE

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