Técnicos da Vigilância Sanitária Estadual estiveram
em Campinas (Foto: Fernando Pacífico / G1)
O governo do Estado de São Paulo vai interditar, cautelarmente, os
lotes de medicamentos usados em três pacientes de Campinas (SP), que morreram após exames
de ressonância magnética no hospital particular Vera Cruz. A
determinação será publicada no Diário Oficial (DO) desta quarta-feira
(30), segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde.
A lista a ser publicada no DO terá o nome de sete medicamentos, de cinco fabricantes. São soros e soluções injetáveis que foram usados nos pacientes. Os produtos utilizados especificamente no procedimento em Campinas, tanto os fechados como os usados, foram recolhidos e serão analisados no Instituto Adolfo Lutz.
A lista a ser publicada no DO terá o nome de sete medicamentos, de cinco fabricantes. São soros e soluções injetáveis que foram usados nos pacientes. Os produtos utilizados especificamente no procedimento em Campinas, tanto os fechados como os usados, foram recolhidos e serão analisados no Instituto Adolfo Lutz.
A Vigilância Sanitária Estadual informou que a interdição é cautelar. A
pedido do município, uma equipe de farmacovigiância e de radiação
ionizante de SP esteve no hospital nesta terça-feira para auxiliar nos
trabalhos. As inspeções devem continuar nos próximos dias.
A interdição também será publicada no Diário Oficial de Campinas desta quarta-feira. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria municipal de Saúde, na cidade, os medicamentos com lote semelhante aos utilizados nos três exames serão recolhidos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ligada ao Ministério da Saúde, enviará a Campinas, nesta quarta-feira (29), dois técnicos especializados em epidemiologia para acompanhar a apuração da causa da morte de três pacientes. É possível que haja a interdição cautelar do lote do medicamento usado nos pacientes em âmbito nacional.
Fabricantes
A interdição também será publicada no Diário Oficial de Campinas desta quarta-feira. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria municipal de Saúde, na cidade, os medicamentos com lote semelhante aos utilizados nos três exames serão recolhidos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ligada ao Ministério da Saúde, enviará a Campinas, nesta quarta-feira (29), dois técnicos especializados em epidemiologia para acompanhar a apuração da causa da morte de três pacientes. É possível que haja a interdição cautelar do lote do medicamento usado nos pacientes em âmbito nacional.
Fabricantes
A assessoria de imprensa da Eurofarma Laboratórios informou que só se pronunciará sobre o assunto após ser notificada da interdição.
Em nota, a Bayer disse que também não foi notificada oficialmente e que "está disposta a colaborar com as autoridades responsáveis pelas investigações, caso seja solicitada a prestar quaisquer esclarecimentos".
O G1 ligou, no fim da tarde, para todos os outros fabricantes que possuem algum medicamento interditado, mas até esta reportagem ser publicada eles não haviam retornado com um posicionamento sobre o assunto.
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Lotes de medicamentos interditados no Estado de
SP
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Magnevistan,
solução injetável, Lote 11568D, com validade: 03/2015 fabricado por Bayer
S.A, registro MS 1.7056.0065
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Dotarem,
solução injetável, Lote 12GD324C, com validade: 10/2015; fabricado por
Guerbet Produtos Radiológicos,com registro MS 1.4980.0016
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Soro
Fisiológico (NaCl) 250ml, fabricado por Eurofarma Laboratórios Ltda, Lote
252731, com validade:08/2014;
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Soro
Fisiológico 500ml, fabricado por Eurofarma Laboratórios Ltda, Lote 249031,
com validade:08/2014;
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Soro
Fisiológico 250ml, fabricado por Eurofarma Laboratórios Ltda, Lote 245825,
com validade:07/2014;
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Soro
Samtec 10ml, Lote SOG, validade: 02/2014;Lote SSN validade 05/2014
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Soro
Equiplex 10ml, Lote 1230970, validade: 07/2014
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Fonte:
Secretaria de Saúde de SP
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O caso
Três pessoas morreram entre a tarde e a noite de segunda-feira após realizarem exames de ressonância magnética no hospital particular Vera Cruz, em Campinas. A Vigilância em Saúde interditou o setor responsável pelo procedimento da unidade de saúde por tempo indeterminado e pretende investigar se o contraste, composto químico utilizado no exame, tem relação com as mortes.
Dois homens, de 36 e 39 anos, e uma mulher, de 25 anos morreram após
uma parada cardiorrespiratória. Dois começaram a passar mal minutos
depois do exame e um paciente chegou a deixar a unidade médica, mas
retornou a unidade após sentir dores. Outros 83 pacientes realizaram
ressonâncias no mesmo dia, no entanto, não apresentaram nenhum tipo de
reação.
As vítimas tinham situações clínicas diferentes e não foram
diagnósticados com doenças em estágio avançado, segundo o diretor
administrativo do Vera Cruz, Gustavo Carvalho. No entanto, ele afirmou
que as causas ainda são desconhecidas e que aguarda o laudo do Instituto
Médico Legal (IML).
Após a constatação das mortes, a direção do hospital acionou a polícia.
As salas e os materiais utilizados durante os procedimentos foram
lacrados, de acordo com a direção da unidade. O caso foi registrado no
1° Distrito Policial da cidade.
Os registros de óbitos foram feitos às 18h de segunda-feira e a remoção
dos corpos foi feita pelo IML às 2h desta terça-feira. Por recomendação
da vigilância, os corpos vão passar por autópsia.
Segundo a assessoria de imprensa, após a comunicação das mortes feita
pelo hospital à Vigilância em Saúde, foi solicitada o envio de técnicos
para a área de diagnósticos e também o Centro de Vigilância do Estado
foi notificado.
De acordo com a direção do hospital, são realizados 2 mil exames por
mês e nenhum registro de ocorrências deste tipo foi registrado na
unidade. O hospital também informou que está colaborando com os órgãos
competentes.
Vítimas
Entre as vítimas estão a administradora de empresa de Campinas Mayra Cristina Augusto Monteiro, 25 anos, que deixa uma filha de 4 anos. Também faleceu o paciente de Santa Rita de Cássia, o zelador Manuel Pereira de Souza, 39 anos, casado e pai de uma filha de 6 anos. Ele será enterrado na Bahia, em um distrito da cidade natal. O terceiro paciente é Pedro José Ribeiro Porto Filho, 36 anos.
Fonte: G1.
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