Novo exame poderia diferenciar se câncer está em
fase inicial ou avançada (Foto: Wikimedia Commons)
fase inicial ou avançada (Foto: Wikimedia Commons)
Um exame de hálito simples e rápido pode detectar um câncer no
estômago, segundo um estudo realizado por cientistas israelenses e
chineses.
Em um levantamento com 130 pacientes, os pesquisadores descobriram que o
exame tinha 90% de precisão no diagnóstico e na diferenciação do câncer
de outros problemas no estômago.
O novo teste tenta identificar perfis químicos no hálito que são característicos de pacientes com câncer estomacal.
A revista especializada "British Journal of Cancer" afirmou que o exame
pode revolucionar e acelerar a forma como o câncer é detectado.
Atualmente, o diagnóstico da doença pode ser feito por meio de uma endoscopia.
Nesse procedimento, o médico insere pela boca do paciente um cabo
flexível que, acoplado a uma microcâmera, permite a visualização do
aparelho digestivo.
Kits e cães
Os pesquisadores descobriram que o câncer no estômago possui uma espécie de marca, uma característica específica: compostos orgânicos voláteis, que emitem cheiro e podem ser detectados usando um kit médico ou até cães farejadores.
A técnica usada no exame não é nova – muitos pesquisadores estão
trabalhando na possibilidade de exames de hálito para diagnosticar
vários tipos de tumores, incluindo o de pulmão.
O trabalho do professor Hossam Haick, do Instituto de Tecnologia de
Israel, analisou 130 pacientes em situações diferentes: 37 deles tinham
câncer de estômago, 32 tinham úlceras e 61 tinham outros problemas
estomacais.
Além de assegurar, com precisão, a diferença entre todos os problemas
em 90% das vezes, o exame do hálito conseguiu apontar em quais casos o
câncer estava nos estágios iniciais e em quais estava em fases mais
avançadas.
Agora, as equipes israelense e chinesa estão fazendo um estudo maior,
envolvendo mais pacientes, para corroborar os resultados dos primeiros
testes.
Para Kate Law, diretora de pesquisa clínica da ONG britânica Cancer Research UK, os resultados da pesquisa são "promissores".
"Apenas uma em cada cinco pessoas consegue uma cirurgia como parte do
tratamento, pois a maioria dos casos de câncer no estômago é
diagnosticada em fases que são avançadas demais para uma operação",
afirmou.
"Qualquer exame que ajude a diagnosticar um câncer de estômago mais
cedo vai fazer diferença na sobrevivência a longo prazo do paciente",
acrescentou Kate.
Fonte: G1
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