Governador Tião Viana assina decreto
(Foto: Rayssa Natani/G1)
(Foto: Rayssa Natani/G1)
O governador do Acre, Tião Viana (PT), decretou, nesta terça-feira (9),
situação de emergência social para os municípios de Epitaciolândia e
Brasiléia em consequência da chegada descontrolada de imigrantes nestes
locais, em sua maioria haitianos. Segundo Tião, o estado não possui mais
capacidade para lidar com a questão e pede mais apoio da União para a
resolução definitiva do problema.
"O decreto é de um grito de alerta de que a situação chegou ao limite. Transbordou o suportável e nós precisamos de ajuda, e do papel institucional e constitucional do Governo Federal numa questão dessa gravidade. O governo do Acre já assumiu R$ 3 milhões em gastos. A União nos ajudou com R$ 600 mil, mas nós precisamos de uma medida definitiva", diz o governador.
"O decreto é de um grito de alerta de que a situação chegou ao limite. Transbordou o suportável e nós precisamos de ajuda, e do papel institucional e constitucional do Governo Federal numa questão dessa gravidade. O governo do Acre já assumiu R$ 3 milhões em gastos. A União nos ajudou com R$ 600 mil, mas nós precisamos de uma medida definitiva", diz o governador.
Tião Viana afirma que o Ministério das Relações Exteriores está sendo
'insensível' com o problema."Eu diria até que ele está sendo omisso. Ao
meu ver, ele deveria dialogar com Peru e Equador, onde começa a rota, e
exigir o visto dos imigrantes. Se esse visto fosse exigido resolveria
90% do problema", diz.
Haitianos estão alojados em Brasiléia
(Foto: Nonato Souza/ Ascom SESP)
Em entrevista ao G1 nesta terça-feira, o secretário
Estadual de Direitos Humanos, Nílson Mourão, disse que só entre janeiro e
o começo de abril de 2013, cerca de 2,7 mil imigrantes já passaram por
Brasiléia. No sábado (6), reportagem do G1 informou
que 1,7 mil haitianos entraram no Acre em 15 dias. Na verdade, o número
de imigrantes que entraram no estado é de 1,1 mil. Atualmente, 1,3 mil pessoas estão vivendo no abrigo em Brasiléia, com capacidade para apenas 250 pessoas.
"A situação fugiu totalmente do controle. Quando nós temos 1,3 mil
pessoas, são 3,9 mil refeições por dia, e não existe uma empresa em
Brasiléia que comporte. Não existe espaço nem para colocar os colchões
no chão", explica.
Possível rota de tráfico
Possível rota de tráfico
Além dos haitianos, pessoas de outros países começam a utilizar a fronteira entre Assis Brasil e a cidade peruana de Iñapari como porta de entrada para o Brasil. Vindos de países como o Senegal, Nigéria, República Dominicana e Bangladesh eles passaram a dividir com os haitianos o abrigo montado em Brasiléia.
"É como se estivesse formada uma rota internacional migratória que se
associa a crise social grave que vive o povo do Haiti e a Polícia
Federal tem tratado essa questão com bastante cuidado", diz Tião Viana.
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