O deputado Marco Feliciano (Foto: Ruan Melo/ G1)
O deputado Marco Feliciano (PSC-SP)
disse nesta terça (9), após participar da reunião de líderes
partidários na Câmara, que não renunciará à presidência da Comissão de
Direitos Humanos, mas reabrirá para o público as sessões do órgão.
Os líderes convidaram Feliciano para a reunião a fim de tentar
convencê-lo a renunciar à presidência da comissão, em razão das
manifestações de protesto pelo país, motivadas por declarações do
deputado consideradas homofóbicas e racistas.
Feliciano aceitou somente reabrir para o público as sessões da
comissão, fechadas após aprovação de requerimento de autoria do próprio
deputado. O argumento usado para restringir o acesso às reuniões tinham
sido os tumultos provocados pela presença nas sessões de manifestantes
pró e contra o deputado.
"Amanhã [quarta], nós vamos reabrir a sessão. Sessão aberta. Se houver
manifestação, vamos ao artigo 272 do regimento", afirmou Feliciano. O
artigo citado pelo deputado diz que cabe ao presidente de comissão zelar
pela "ordem" das reuniões do colegiado.
Indagado sobre a decisão de não renunciar, o parlamentar do PSC
afirmou: "Eu fico. Eu fui eleito democraticamente. Me dêem uma chance de
trabalhar."
De acordo com o blog do jornalista Gerson Camarotti,
na reunião, Feliciano reagiu ao apelo dos líderes dizendo que só
renunciaria se os deputados João Paulo Cinha (PT-SP) e José Genoino
(PT-SP), condenados pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do
mensalão, também renunciassem aos postos que ocupam na Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara.
Feliciano afirmou que tem tentado viver "um dia de cada vez" e que
perdeu muito peso desde que assumiu o posto de presidente da Comissão de
Direitos Humanos.
"Eu estou tentando viver. Cada dia é um dia. Estou com seis quilos a
menos. Olha como eu estou. Quero uma chance de trabalhar", disse.
A reunião
Na abertura da reunião na presidência da Câmara, o líder do PSC, André Moura (SE), sugeriu que as lideranças da Casa falassem primeiro.
Feliciano ouviu em silêncio apelos para que renunciasse e discursos de
apoio. Quando os líderes encerraram as falas, ele disse que não sairia.
Os líderes de PSB, PC do B, PSOL, PDT e PPS foram os mais enfáticos nas críticas a Feliciano. Dos grandes partidos, apenas os líderes de PMDB, Eduardo Cunha (RJ), e PSD, Eduardo Sciarra (PR), minimizaram as manifestações de protesto e disseram que, regimentalmente, o deputado tem o direito de permanecer à frente da comissão.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), advertiu Feliciano, segundo relatos dos líderes, que era antirregimental a decisão de limitar o acesso do público às sessões da comissão.
O líder do PSOL, Ivan Valente (SP), relatou que, diante das cobranças, Feliciano pediu que os colegas de Legislativo tivessem “misericórdia” com ele. Ainda de acordo com Valente, o deputado, que é pastor, se disse “perseguido” em razão de suas posições religiosas e que prometia, daquele momento em diante, não protagonizar mais nenhum episódio polêmico.
Os líderes de PSB, PC do B, PSOL, PDT e PPS foram os mais enfáticos nas críticas a Feliciano. Dos grandes partidos, apenas os líderes de PMDB, Eduardo Cunha (RJ), e PSD, Eduardo Sciarra (PR), minimizaram as manifestações de protesto e disseram que, regimentalmente, o deputado tem o direito de permanecer à frente da comissão.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), advertiu Feliciano, segundo relatos dos líderes, que era antirregimental a decisão de limitar o acesso do público às sessões da comissão.
O líder do PSOL, Ivan Valente (SP), relatou que, diante das cobranças, Feliciano pediu que os colegas de Legislativo tivessem “misericórdia” com ele. Ainda de acordo com Valente, o deputado, que é pastor, se disse “perseguido” em razão de suas posições religiosas e que prometia, daquele momento em diante, não protagonizar mais nenhum episódio polêmico.
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