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domingo, 7 de abril de 2013

Mercado de moda conquista mais espaço

No ano passado, a categoria de moda e acessórios foi a segunda com mais pedidos em compras virtuais

Com aumento de 10,3 milhões de consumidores no País em 2012, a expectativa é que, no futuro, não haja diferença entre venda online e offline FOTO: KID JUNIOR

Imagine que você precisa comprar um produto e, ao invés de ir em uma grande loja, vai verificar e "degustar" lançamentos em pequenos quiosques. Para efetivar a negociação, utilizará um computador de bolso - já disponível atualmente. Essa a projeção, que tem se tornado realidade, é do diretor geral da E-bit e vice-presidente de marketing e inteligência da Buscapé Company, Pedro Guasti.

"As lojas físicas, em maior quantidade, vão partir para o online. No futuro, não vai existir uma diferenciação entre online e offline", comenta. O diretor geral da E-bit reforça que, além da própria tendência do mercado de consumo, a loja virtual tem a possibilidade de oferecer uma maior quantidade de produtos, que não caberiam em uma loja física. Diante dessa mudança de perspectiva das empresas, os consumidores recebem uma enxurrada de novas informações.

Acesso

Quem nunca abriu uma página de compras online, atraído por anúncio ou divulgação em rede social? Seja pela facilidade de ter acesso às ofertas ou mesmo pela comodidade na hora das compras, os clientes estão optando, cada vez mais, por esse tipo de serviço. Em 2012, foram 10,3 milhões novos e-consumidores no País na comparação com o ano anterior, segundo o relatório Webshoppers, elaborado pela E-bit - empresa especializada em informações do setor.

"A categoria de moda e acessórios tem tido mais espaço nessa cesta do consumidor. Em 2007, ela não estava entre as 25 com mais vendas e veio ganhando relativa importância em termos de volume de pedidos", afirma o diretor geral.

Apesar do setor de eletrodomésticos ainda representar o maior número dos pedidos em 2012, com 12,4%, a comercialização de artigos de moda e acessórios ficou em segundo lugar, alcançando os 12,2%. O ranking, elaborado pela E-bit, segue com produtos de saúde, beleza e medicamentos (12%), informática (9,1%) e casa e decoração (7,9%).

Segundo Pedro Guasti, a categoria de moda e acessórios tem uma dinâmica diferente das demais. "Acreditava-se que não era possível vender na internet, por não se poder tocar e experimentar o produto. Houve um amadurecimento e as empresas se dedicaram a investir nela. Hoje é a crista da onde", comenta.

Dentre as necessidades principais do setor, destaca Guasti, está a maior rapidez nas trocas e devoluções. "Por outro lado, existe facilidade de tecnologias para acertar a conta, com manequim virtual, fotos e vídeos com qualidade", explica. Ele também comenta que o País tem avançado no quesito padronização das peças. A perspectiva, segundo ele, é que a facilidade na hora da escolha de uma roupa pelo tamanho se aproxime do que ocorre com os calçados.

Faturamento

Em 2012, o faturamento no e-commerce foi 20% maior que em 2011, com R$ 22,5 bilhões. No ano passado, 46% dos consumidores que fizeram sua primeira compra online possuíam renda familiar entre R$ 1 mil e R$ 3 mil, faixa pertencente à classe C.

A expansão do setor deve continuar em alta, ressalta Guasti. A perspectiva é que o faturamento alcance R$ 28 milhões neste ano. É esperado que o número de consumidores passe de 42,2 milhões, em 2012, para 50 milhões em 2013. (GR)

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