Pela praticidade, a internet ganhou a preferência de muitos consumidores ante as lojas físicas
Natália Laprovítera compra tudo que precisa por meio de sites de compras Foto: Marília Camelo
Para quem adora fazer compras, a internet pode trazer um mundo de facilidades. Do supermercado à farmácia, até a loja de eletrodomésticos, é possível ter tudo com apenas um clique. "Eu trabalho o dia todo no computador. Os apelos passam e eu fico 24 horas vendo aquilo. A facilidade do clique é muito maior", afirma a analista de marketing Natália Laprovitera que, atualmente, compra "de tudo" online.
Quem escuta Natália falar das compras na rede mundial de computadores pode pensar que ela é uma consumidora compulsiva, o que soa falso. A grande diferença da analista é que, ao invés de ir ao supermercado, ela apenas prefere comprar pela internet. O mesmo ela faz quando precisa de algum remédio ou outro item oferecido em qualquer farmácia.
"Em 2006, fui morar sozinha em São Paulo. Com o passar do tempo, tive que comprar coisas para casa e comecei a descobrir que eletrodoméstico na internet é mais barato. Depois, tudo eu comprava pela internet", afirma Natália. Após equipar a casa e criar o hábito de adquirir os itens básicos pelos sites das lojas, Natália foi descobrindo novas possibilidades de consumo.
Segundo ela, as maquiagens comercializadas fora do País sempre foram um atrativo e a internet foi, novamente, o meio que proporcionou o acesso aos produtos desejados. Como conseguia acertar os tons que ela queria? A resposta de Natália é rápida: pesquisando. "Nos sites tem dizendo o melhor para cada pele. Eu também jogava no Google o nome (da maquiagem) e achava um tutorial de uma menina de um blog mostrando as cores", exemplifica.
Vantagens
A analista afirma que a grande vantagem na compra em sites internacionais é a variedade de produtos, além dos preços mais baixos. "Já comprei um colar de R$ 300 em uma loja (física) que depois vi o mesmo por R$ 15 nesses sites de chinesinho. Dá para perder as contas dos porcentos que se perde", comenta.
Hoje, ela diz que não gosta de ir a muitas lojas físicas ou ter que conviver com a presença de um vendedor a rodeando. Também prefere fazer pesquisa de preços pelos endereços virtuais, já que não precisa percorrer vários lugares para obter o menor preço.
Dicas
Por conta das inúmeras experiências de sucesso, Natália diz que recomenda a todos as compras por meio da rede. "É uma compra mais barata, mais consciente. É preciso olhar o site certo e saber pesquisar para ver se vale a pena. Essa é uma tendência que veio para ficar", destaca. Para quem ainda tem receio, ela diz que o ideal é procurar informações sobre as lojas, com opiniões de outros clientes ou as recomendações do vendedor.
Outra dica é pedir o "código de rastreio" do produto que foi enviado, para acompanhar o caminho dele até a chegada. "Paciência, porque tudo chega. Nunca tive problema de alguma compra não chegar. Tem muita gente reclamando que os pedidos demoram, mas vem tudo pelos nossos Correios, que muitas vezes atrasam", reclama.
Mobile commerce
Se comprar pelo tablet ou celular é realidade de poucos, sendo a participação do setor em volume transacional de 2,5% no Brasil em janeiro, segundo pesquisa E-bit, para Natália, essa também é uma forma de obter novos produtos. De ingressos, livros a passagens, a compra por meio dos dispositivos móveis é ainda muito mais fácil, de acordo com ela.
"No site da Saraiva, onde eu já comprei um livro, é tudo em um só clique, porque já ficam as informações salvas. Não tem isso de carrinho", destaca. Contudo, ela ressalta que para comprar roupas ou outros acessórios o ideal é conferir em uma tela maior, de um computador, para não errar na escolha.
Conforme relatório do E-bit, a tendência do mobile commerce é de crescimento intensivo. Em janeiro de 2012, por exemplo, o share em volume transacional era de 0,8%, passando para 1,3% em junho.
GABRIELA RAMOS
REPÓRTER
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