
Morador de Jammu, na Índia, toma banho debaixo
de tubulação instalada em rua da cidade
(Foto: Channi Anand/AP)
de tubulação instalada em rua da cidade
(Foto: Channi Anand/AP)
A Organização das Nações Unidas lançou na sexta-feira (22), Dia
Mundial da Água, uma campanha para tentar terminar com o mortal "tabu
dos banheiros" e melhorar o acesso a instalações sanitárias para as 2,5
bilhões de pessoas que não as utilizam, uma causa importante de
problemas de saúde.
A iniciativa busca reduzir a triste estatística de 3.000 crianças
menores de cinco anos que morrem diariamente por doenças resultantes da
ingestão de água imprópria para o consumo, como a cólera ou a
desinteria.
"É uma catástrofe silenciosa que merece toda a nossa atenção", disse o
vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson. "Há um tabu no que se refere
aos banheiros ao ar livre", acrescentou Eliasson.
Esta é uma prática corrente para milhares de pessoas nos países pobres,
obrigadas a fazer suas necessidades ao ar livre. "Podem imaginar a
falta de dignidade deste ato, o risco de ser estuprada se for uma mulher
ou uma jovem quando sai à noite, assim como também o risco para a saúde
e o meio ambiente", acrescentou o diplomata sueco.
Um dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio sobre a saúde e a
pobreza, estabelecidos no ano 2000, era diminuir em 50% o número de
pessoas que não têm acesso a banheiros com água potável para 2015.
Este objetivo está muito longe de se concretizar: ao ritmo anual, nada
será alcançado até 2075. "É um tabu com o qual queremos terminar. É um
problema para 2,5 bilhões de pessoas", insistiu Eliasson.
A ONU quer alcançar em 2025 a meta estabelecida em 2000. O grupo
WaterAid estima que 2030 é uma data mais realista, mas para cumprir com
isso são exigidos dezenas de bilhões de dólares de investimentos.
Segundo Eliasson, os governos devem gastar mais em investimentos
sanitários e a construção de banheiros precisa ser uma prioridade.
Também é preciso educar a população para evitar doenças.
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