Nos períodos de maré cheia, a água do Rio Coreaú invade a estrada
causando prejuízos;
no dia seguinte, equipes da Prefeitura são
deslocadas para refazer o que foi danificado.
Prefeitura vai reforçar o paredão e construir cinco quilômetros de calçadão na Avenida Beira-Mar
Camocim. Deusamar Bento Dourado trabalha há 18 anos como garçom no Restaurante "O Euclides", localizado na Avenida Beira-Mar de Camocim. Nesse tempo, "jamais tinha visto a maré quebrar tão perto da rua e lavar toda essa estrada litorânea. Precisamos retirar as mesas e cadeiras da calçada. Foi um susto, pois não esperávamos".
Camocim. Deusamar Bento Dourado trabalha há 18 anos como garçom no Restaurante "O Euclides", localizado na Avenida Beira-Mar de Camocim. Nesse tempo, "jamais tinha visto a maré quebrar tão perto da rua e lavar toda essa estrada litorânea. Precisamos retirar as mesas e cadeiras da calçada. Foi um susto, pois não esperávamos".
A balaustrada (construída em cima de uma reforçada muralha de pedras),
um dos ícones culturais e turísticos mais conhecidos do Município em
todo o País, que protege o continente do encontro das águas do mar com o
Rio Coreaú, está visivelmente inclinada em vários trechos.
O proprietário do ateliê Arte e Cultura Regional de Camocim, Mauro
Viana há 13 anos trabalha num quiosque construído no calçadão e também
demonstra preocupação. "São situações que a gente que está por aqui
todos os dias sente mais claramente. A água de uns tempos para cá
começou a bater mais forte. Dá para notar que ela vai cavando lá por
baixo. O paredão é seguro mas vai chegar um dia que não vai aguentar",
conta, ao acrescentar que a gigantesca duna que existia do outro lado,
na chamada Ilha do Amor, está caminhando nessa direção".
Nos dias de ressaca, principalmente nos fins de tarde e durante a
noite, moradores e visitantes aproveitam para se banhar na água do mar
que respinga após o choque com o paredão. "Estava comentando há pouco
com minha irmã que esse tipo de lazer está ficando perigoso dada a
violência com que as ondas estão chegando", comentou Antônia Maria de
Oliveira, ao observar os sobrinhos tomando banho.
Prejuízos
Somente no último ano, a Prefeitura teve que proceder 30 restaurações
na proteção e no calçadão da Avenida Beira-Mar segundo o secretário de
Infraestrutura de Camocim, Leonardo Aguiar Neves. "Estamos bastante
preocupados com a fúria da natureza. Em 2000 o nível de erosão era muito
grande e tivemos que reforçar a parede. Praticamente foi construído um
muro de arrimo ao lado do já existente. Está visível que precisamos agir
rápido antes que a coisa se agrave".
O projeto em fase de conclusão da Prefeitura será dividido em seis
etapas "por causa da captação de recursos" e tem como meta fazer cinco
quilômetros de calçadão que começarão no prédio da antiga estação
ferroviária e se prolongarão até a Praia das Barreiras.
Leonardo Aguiar revela que a Prefeitura está desenvolvendo um plano
urbanístico em parceria com o governo do Estado "para salvar a Praia de
Maceió. É uma obra cara, em torno de R$ 6 milhões. As barracas serão
soerguidas em cima de um grande muro de arrimo e terão escadas.
Esperamos que com isso possamos driblar o avanço do mar".
Sobre a casa construída no mangue, o secretário disse que comunicou o
fato ao Ministério Público. "O imóvel foi erguido rapidamente, em
novembro do ano passado. Esperamos que a Justiça mande derrubar o mais
rápido possível". (FM)
Fonte: Diário do Nordeste.
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