Fóssil de 120 milhões foi descoberto em 2012 por
pesquisadores da Urca (Foto: Urca)
pesquisadores da Urca (Foto: Urca)
Um fóssil de 120 milhões descoberto no Ceará
ajuda a entender a origens de plantas familiares nos continentes
asiático, africano e americano. O fóssil foi descoberto em 2012 por
pesquisadores Universidade Regional do Cariri (Urca), na cidade de Nova Olinda, no interior do Ceará. Nesta semana, um artigo na Academia Brasileira de Ciências confirmou a idade e a importância do fóssil.
O fóssil é da japecanga, espécie que deu origem a cerca de 150 outras
que estão presentes em três continentes. A espécie encontrada é do
período cretáceo, quando os continentes eram unidos em um grande bloco
de terra, conhecido com Pangeia. O bloco em seguida se separou, formando
os continentes atuais.
“Até pouco tempo, nós tínhamos fóssil dessa planta de 40 milhões de
anos, quando os continentes já eram separados. Como essa planta
subsepeciou [deu origem a novas plantas, por meio da evolução das
espécies] em mais continentes, nós sabíamos que um dia a gente iria
encontrar esse fóssil mais antigo, da época da Pangeia. E a prova foi
achada no Ceará”, explica o professor Álamo Saraiva.
A japecanga que existiu no território que hoje é o Cariri cearense deu
origem a plantas como grama e a palmeira no hemisfério sul do globo
terrestre, explica o professor Álamo. “Esse fóssil é esclarecedor”, diz.
O trabalho de descrição da descoberta foi realizado por uma equipe de pesquisadores da URCA,
e tem como autora a doutora Flaviana Jorge de Lima. Ela destaca que
essa é a primeira pesquisa descrita com localidade estratigráfica, o que
possibilita a datação do fóssil por meio de estudo de camadas de rocha
onde foi localizado.
Fonte: G1/CE
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