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sábado, 25 de julho de 2015

Polícia Federal deve investigar como fóssil saiu do Ceará

Autores de artigo publicado na revista Science dizem que
 fóssil saiu do Brasil antes de 1942.
 
Ainda não foi totalmente explicado como o fóssil da cobra de quatro patas foi retirado da Chapada do Araripe e caiu nas mãos dos pesquisadores que o descreveram em artigo publicado na revista norte-americana Science. A suspeita é de que a peça tenha sido levada ilegalmente do sítio geológico que abrange territórios do Ceará, Piauí e Pernambuco. O caso deve ser apurado pela Polícia Federal (PF).

O pedido de investigação será solicitado na próxima semana pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), entidade que regula a exportação de peças do gênero.

Para Felipe Chaves, chefe da Divisão de Proteção de Depósitos Fossilíferos do DNPM, existem indícios que levam à hipótese de tráfico ilegal. A rigor, desde 2006, todo fóssil que sai do País precisa ser registrado no DNPM. Antes, esta liberação era feita pela Receita Federal com o aval do órgão regulador. Porém, não há registros que indiquem a retirada da peça por meios legais.

Os autores do artigo dizem que o fóssil constava “há várias décadas” em uma coleção particular, após seguir para um museu alemão. A saída teria ocorrido antes de 1942, quando foi instituída lei brasileira que proíbe a retirada de fósseis do território nacional sem autorização.

Chaves não acredita na versão dos estudiosos. “Um fóssil interessante como esse não fica tanto tempo guardado sem que um pesquisador se interesse. Até o próprio colecionador ficaria intrigado com a peça”, comenta.

Para ele, o possível contrabando impediu que pesquisadores brasileiros tivessem acesso à peça original. “Os nossos estudiosos têm capacidade de fazer um trabalho igual ou melhor que o apresentado por eles”, lamenta.

Tráfico é recorrente

“Esse não é o primeiro nem vai ser o último caso de tráfico de fósseis por pesquisadores estrangeiros”, assevera Artur Andrade, chefe regional do DNPM, locado na Chapada do Araripe.

Segundo o gestor, mesmo com escritório local e apoio da PF, os casos continuam a acontecer, sobretudo, pela impossibilidade de fiscalização em toda a área do sítio paleontológico que tem 10 mil m². “São peças muito pequenas. Os traficantes põem no bolso e saem, tranquilamente”, diz.

A preservação dos fósseis da Chapada do Araripe é um dos principais atrativos do tráfico, segundo Átila da Rosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Paleontologia (SBP). De acordo com ele, o esquema envolve moradores da região, atravessadores e estudiosos de países estrangeiros. “A solução seria uma fiscalização mais presente nas áreas de mineração”, sugere.

Saiba mais

Descoberta

A descrição da espécie extinta traz evidências de que as cobras surgiram a partir de um grupo de lagartos que viviam em tocas no chão. O estudo foi apresentado pelos pesquisadores David Martill, Nicholas Longrich e Helmut Tischlinger.

Crítica

Em entrevista ao Estadão, Martill classificou a lei brasileira de proteção aos fósseis de “xenófoba e anticientífica”. “Não dou a mínima sobre como o fóssil saiu do Brasil ”, disse. 


Fonte: O Povo Online

Descoberta de cobra de 4 patas, que viveu no CE há 120 milhões, abre discussão sobre tráfico de fósseis

Ilustração artística da cobra de quatro patas, a partir do fóssil 
encontrado na Chapada do Araripe.
 
A revista científica americana Science trouxe, nesta quinta-feira, 23, a descrição inédita do primeiro fóssil conhecido de uma serpente de quatro patas, que viveria na Chapada do Araripe, interior do Ceará, há cerca de 120 milhões de anos. A descoberta é esclarecedora, pois sugere que as cobras surgiram de lagartos terrestres da Gondwanna, remanescente do supercontinente Pangea. A saída desconhecida do Tetrapodophis ("serpente de quatro patas", como foi batizado), no entanto, pode ter relação direta com o tráfico ilegal de fósseis brasileiros, que por lei, são considerados bens da União.

Os líderes da pesquisa são: o britânico David Martill, o americano Nicholas Longrich e o alemão Helmut Tischlinger, que dizem que o fóssil foi repassado para um museu na Alemanha após décadas em posse de um colecionador. "Quando eu vejo uma publicação dessas, eu tenho vontade de chorar. Desde os anos 60, foram centenas de fósseis que saíram do Brasil de forma ilegal. Esse material poderia estar sendo estudado aqui no Cariri, fomentando a nossa pesquisa", avaliou ao O POVO Online o paleontólogo e professor da Universidade Regional do Cariri (Urca), Álamo Feitosa Saraiva.

"Pessoalmente, eu não me importo em nada sobre como o fóssil veio do Brasil ou quando", disse Martill à Science, lembrando ainda que buscou permissão para trabalhar com fósseis no País e tentou ser recebido pela embaixada brasileira em Londres. Ele e Longrich concordaram com a devolução da Tetrapodophis, mas dizem que a autorização dependeria do museu Solnhofen, para quem está emprestado. 

Para o professor da Urca, que também é coordenador científico do Geopark Araripe, os fósseis em museus estrangeiros são um negócio muito rentável. "Ora, quanto mais rara a peça, mais dinheiro eles vão captar com ela. É uma pena, pois esse desenvolvimento poderia estar aqui, lugar de origem dessa raridade", frisou Álamo.

Em junho, os pesquisadores do Geopark e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) descobriram o fóssil da ave mais antiga do Brasil, também na Chapada do Araripe. As serpentes de quatro patas, descritas pelos estrangeiros, são um divisor de águas para a pesquisa científica, ainda conforme o paleontólogo da Urca. "Não é só mais um fóssil, é a mais importante peça encontrada aqui até hoje. Muda toda a filogenia evolutiva das cobras. Era comprovado que os lagartos evoluiram para lagartos com corpo de serpente e patas, para depois serem serpentes. Esse é o 4° estágio, que antes não tinhamos comprovação".

A evolução a partir de animais terrestres, e não de criaturas marinhas, é sustentada pelo tamanho reduzido dos membros da criatura, com uma forma cilíndrica, no lugar de uma cauda achatada. Os dentes são pontudos e ligeiramente curvados, e o fóssil possui algumas escalas que se estendem por toda a largura da barriga, uma característica conhecida apenas em cobras. 

Dave Martill/University of Portsmouth
Segundo os pesquisadores, o Tetrapodophis tinha membros delicados,
 mas funcionais - que podem ter sido utilizados para agarrar a presa

"A estrutura da coluna vertebral é flexível, com mais de 150 vértebras do pescoço e do tronco. O número é maior do que as que existem em lagartos sem patas, sugerindo que não são apenas uma adaptação para rastejar. Essa flexibilidade e vértebras significa que essas serpentes eram capazes de matar por constrição", relatou Longrich. As serpentes caçavam pequenos vertebrados enrolando-se neles até esmagá-los; o fóssil encontrado, por sinal, preservou restos de um pequeno animal em seu intestino.

O Departamento Nacional de Produção Mineral informou que caso a saída do fóssil tenha ocorrido de forma ilegal, ele pode ser requerido ao governo alemão. "Eu acredito que muita coisa daqui ainda vai aparecer em publicações internacionais, da mesma forma que há uma saída ilegal de drogas, por exemplo, existe dos fósseis. Teremos ainda muitas surpresas, ainda vai ter descoberta de mamíferos", completou Álamo. 

Patrimônio

O Decreto-Lei 4.146 de 1942 diz que ''os depósitos fossilíferos são propriedade da Nação, e, como tais, a extração de espécimes fósseis depende de autorização prévia e fiscalização do Departamento Nacional da Produção Mineral, do Ministério da Agricultura''.  Além disso, o Artigo 2º, parágrafo 1º, da Lei 8.176, afirma que o fóssil não é um bem negociável: "todos os que fazem a retirada de fósseis ou que os adquirem, transportam ou comercializam, incorrem em crime contra a ordem econômica". 

A repatriação de fósseis é descrita por Álamo como uma verdadeira "cruzada", pois já foram feitos pedidos ao Japão, Itália e Estados Unidos. "A Urca, junto com a procuradoria de Juazeiro do Norte, busca essa repatriação, mas o problema é que esses países não assinaram o tratado da Unesco para devolução de patrimônio artístico e cultural que sai ilegalmente dos países de origem. Eles se sentem no direito de não devolver". 

Serviço
O tráfico de fósseis será discutido no XXIV Congresso Brasileiro de Paleontologia, que ocorre entre os dias 2 a 6 de agosto. Mais informações: http://www.24cbp.com.br/
 
 
Fonte: O Povo Online

domingo, 28 de junho de 2015

Foguete explode durante decolagem da cápsula Dragon da SpaceX

Foguete se desintegrou 2 minutos depois do
lançamento (Foto: Reprodução/SpaceX)

O foguete não tripulado Falcon 9, da empresa espacial privada SpaceX, explodiu minutos após a decolagem em Cabo Canaveral, na Flórida (sul dos Estados Unidos) neste domingo (28), como parte de uma missão para levar suprimentos para a Estação Espacial Internacional.

"O veículo explodiu", afirmou o comentarista da Nasa George Diller, depois que a agência espacial mostrou imagens do foguete se desintegrando em pedaços, segundo a agência France Press.

O foguete começou a decolagem às 11h21 (de Brasília), na sétima missão da empresa privada para a Nasa. No Twitter, Elon Musk, dono da SpaceX, afirmou que o foguete teve um problema ainda antes de desligarem os foguetes do primeiro estágio. A equipe está investigando o que aconteceu.

De acordo com a Nasa, os propulsores do primeiro estágio deveriam ser desligados 159 segundos depois do lançamento, quando a espaçonave já estaria viajando a 10 vezes a velocidade do som. A explosão ocorreu a uma altitude de 44 km.

Além de comida e experimentos, a cápsula Dragon levaria peças para um futuro ponto de acoplamento de voos comerciais na Estação Espacial. As 2 últimas tentativas de mandar suprimentos aos astronautas da estação falharam. A SpaceX pretende lançar sua primeira missão tripulada em 2017.

Momento do lançamento do foguete, no Cabo Canaveral (Foto: AP Photo/John Raoux) 
Momento do lançamento do foguete, no Cabo Canaveral 
(Foto: AP Photo/John Raoux)
 
Carga de alimentos e equipamentos se desintegrou no espaço (Foto: REUTERS/Mike Brown) 
Carga de alimentos e equipamentos se desintegrou no espaço
 (Foto: REUTERS/Mike Brown)
 
Foguete Falcon 9 explodiu lodo depois do lançamento (Foto: AP Photo/John Raoux) 
Foguete Falcon 9 explodiu lodo depois do lançamento
 (Foto: AP Photo/John Raoux)


Fonte: G1

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Em fenômeno raro, bebê nasce 'grávida' de gêmeos em Hong Kong

Setas em exame de tomografia computadorizada mostram a coluna de cada feto 
(Foto: HKMJ/Divulgação)
 
Uma menina chinesa de apenas três semanas de idade teve dois fetos retirados de seu abdômen por meio de uma cirurgia em Hong Kong. A equipe médica a princípio pensou que o bebê tivesse um tumor, e constatou com surpresa, por exames de imagem, que a massa no abdômen da menina continha duas estruturas fetais, com coluna vertebral e formação óssea.

O fenômeno que faz com que um bebê nasça com uma estrutura semelhante a um feto em seu organismo é conhecido como "fetus in fetu", ou "gêmeo parasita". Trata-se de uma situação rara: acontece uma vez a cada 500 mil nascimentos. O caso da menina chinesa ocorreu em 2010, mas foi descrito em um artigo publicado na revista científica "Hong Kong Medical Journal" neste mês.

Uma das teorias sobre a formação do gêmeo parasita é a de que ele começa a se desenvolver como um feto normal, mas acaba encapsulado dentro de seu irmão. Outra teoria defende que o fenômeno é resultado de um tipo avançado de tumor, chamado teratoma.

Os autores do artigo consideram que esse caso pode ajudar a entender a origem verdadeira do gêmeo parasita, mas ponderam que é preciso mais evidências para chegar a uma conclusão.

  Imagens mostram os fetos retirados do bebê: detalhe mostra coluna vertebral em formação e até cordão umbilical (Foto: HKMJ/Divulgação) 
Imagens mostram os fetos retirados do bebê: detalhe mostra
 coluna vertebral em formação e até cordão umbilical
 (Foto: HKMJ/Divulgação)
 
 
Fonte: G1

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Fóssil de 120 milhões de anos achado no CE prova origem de 150 espécies

Fóssil de 120 milhões  foi descoberto em 2012 por
pesquisadores da Urca (Foto: Urca)

Um fóssil de 120 milhões descoberto no Ceará ajuda a entender a origens de plantas familiares nos continentes asiático, africano e americano. O fóssil foi descoberto em 2012 por pesquisadores Universidade Regional do Cariri (Urca), na cidade de Nova Olinda, no interior do Ceará. Nesta semana, um artigo na Academia Brasileira de Ciências confirmou a idade e a importância do fóssil.

O fóssil é da japecanga, espécie que deu origem a cerca de 150 outras que estão presentes em três continentes. A espécie encontrada é do período cretáceo, quando os continentes eram unidos em um grande bloco de terra, conhecido com Pangeia. O bloco em seguida se separou, formando os continentes atuais.

“Até pouco tempo, nós tínhamos fóssil dessa planta de 40 milhões de anos, quando os continentes já eram separados. Como essa planta subsepeciou [deu origem a novas plantas, por meio da evolução das espécies] em mais continentes, nós sabíamos que um dia a gente iria encontrar esse fóssil mais antigo, da época da Pangeia. E a prova foi achada no Ceará”, explica o professor Álamo Saraiva.

A japecanga que existiu no território que hoje é o Cariri cearense deu origem a plantas como grama e a palmeira no hemisfério sul do globo terrestre, explica o professor Álamo. “Esse fóssil é esclarecedor”, diz.

O trabalho de descrição da descoberta foi realizado por uma equipe de pesquisadores da URCA, e tem como autora a doutora Flaviana Jorge de Lima. Ela destaca que essa é a primeira pesquisa descrita com localidade estratigráfica, o que possibilita a datação do fóssil por meio de estudo de camadas de rocha onde foi localizado.


Fonte: G1/CE

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Cientistas anunciam oito novos planetas em zonas habitáveis

Ilustração da Nasa mostra o tamanho de dois dos novos exoplanetas em comparação com a Terra (à esquerda) (Foto: Nasa)

Astrônomos anunciaram nesta terça-feira (6) que descobriram oito novos planetas orbitando suas estrelas a uma distância em que pode existir água líquida na superfície, o que os faz potencialmente habitáveis.

Com isso, duplicou-se o número de planetas pequenos (aé duas vezes o diâmetro da Terra) conhecidos em zonas habitáveis de suas estrelas-mãe. Entre estes oito novos, a equipe identificou dois que são o mais parecidos com a Terra que quaisquer exoplanetas (planetas fora do nosso Sistema Solar) conhecidos até então.

"A maioria desses planetas tem uma boa chance de ser rochoso, como a Terra", diz o principal autor Guillermo Torres, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian  (CfA).

Nasa busca nova função para telescópio espacial Kepler. (Foto: Nasa) 
Telescópio espacial Kepler. (Foto: Nasa)
 
Os resultados foram anunciados em um encontro da Sociedade Astronômica Americana.

Os dois planetas mais parecidos com a Terra do grupo são o Kepler-438b e o Kepler-442b. Ambos orbitam estrelas anãs vermelhas que são menores e mais frias do que o nosso Sol Kepler-438B orbita a sua estrela a cada 35 dias, enquanto Kepler-442b completa uma órbita a cada 112 dias.

Com um diâmetro 12% maior que o da Terra, Kepler-438B tem uma chance de 70% de ser rochoso, de acordo com os cálculos da equipe. Kepler-442b é cerca de um terço maior que a Terra, mas ainda tem uma chance de 60% de ser rochoso.

"Não sabemos com certeza se qualquer um dos planetas em nossa amostra são verdadeiramente habitáveis", explica David Kipping co-autor do estudo. "Tudo o que posso dizer é que eles são candidatos promissores".

Os novos planetas foram encontrados graças ao telescópio espacial Kepler, da Nasa. Com os oito novos exoplanetas, esse equipamento chegou à extraordinária marca de mil descobertos.

Fonte: G1/ Ciência

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Japão apresenta nova sonda espacial para explorar asteroide

Ilustração gráfica da sonda espacial Hayabusa-2 
(Foto: Akihiko Ikeshita/AFP)

A Agência Japonesa de Exploração Espacial (JAXA) apresentou à imprensa uma nova sonda, a Hayabusa-2, com a qual espera repetir o êxito de sua antecessora, que conseguiu trazer pó de asteroide depois de uma odisseia de sete anos.

"A nova sonda estará terminada muito em breve", afirmou o chefe do projeto, Hitoshi Kuninaka, citado pela agência Jiji.

O lançamento da base de Tanegashima, sul do Japão, está previsto para dezembro.

Agência apresentou a nova sonda espacial Hayabusa-2 (Foto: Jiji Press/AFP) 
Agência apresentou a nova sonda espacial
Hayabusa-2 (Foto: Jiji Press/AFP)
Hayabusa-2 deve alcançar seu objetivo, o asteroide '1999 JU3', em meados de 2018 e empreenderá regresso no final de 2019 para chegar à Terra um ano mais tarde, se tudo sair bem. Ao contrário de Itokawa, o asteroide explorado pela primeira sonda Hayabusa, este novo corpo rochoso contém carbono e água.

A Hayabusa-2 será equipada com uma espécie de canhão espacial. Quando chegar na órbita desejada de '1999 JU3', soltará o artefato e se colocará ao lado do asteroide.

O canhão disparará uma bola metálica contra a superfície do asteroide, onde fará uma cratera de vários metros de diâmetro. Em seguida, a sonda pousará no buraco e extrairá amostras do subsolo.

Os cientistas da JAXA acreditam que é mais interessante explorar o subsolo do que a superfície do asteroide, que recebe mais impacto de raios cósmicos.

Lançada em maio de 2003, a primeira Hayabusa recolheu mostras do asteroide Itokawa, a 290 milhões de quilômetros da Terra, em setembro de 2005.

Dificuldades de telecomunicações com a sonda, avarias dos motores, baterias e outros equipamentos obrigaram os técnicos usar de inventividade para recuperar o controle e trazê-la de volta com três anos de atraso.

A viagem se transformou numa interminável jornada de sete milhões de quilômetros. E a Hayabusa se converteu para os japoneses no símbolo de sua perseverânça.

Fonte: Ciência e Tecnologia/G1

domingo, 7 de setembro de 2014

Estudo diz que arte rupestre achada em Gibraltar foi feita por neandertais

Arte rupestre entalhada na caverna de Gorham, em
Gibraltar (Foto: Reuters)

Uma série de linhas entalhadas em rochas encontradas em uma caverna no sul da Europa pode ser a prova de que os neandertais eram mais inteligentes e criativos do que se pensava. Os desenhos dentro da caverna Gorham, em Gibraltar, são o primeiro exemplo de arte rupestre neandertal, segundo equipes científicas que estudam o local. O achado é importante pois indica que os humanos modernos e seus primos extintos possuíam a capacidade comum de se expressar de forma abstrata.

O estudo, divulgado na segunda-feira (1º) pela publicação da Academia Nacional de Ciência, examinou os sulcos que foram cobertos por sedimentos. Arqueólogos haviam antes encontrado artefatos associados com a cultura neandertal em uma camada superior, o que indicava que os desenhos eram anteriores, segundo Clive Finlayson, um dos autores do estudo.

"É o último prego no caixão da hipótese de que os neandertais eram cognitivamente inferiores aos humanos modernos", disse Paul Tacon, especialista em arte rupestre da universidade Griffith, da Austrália. Tacon, que participou do estudo, disse que as artes exigiram um grande esforço para serem produzidas e seus fins eram rituais ou comunicação, ou ambos. 

"Jamais saberemos o que significou essa marca para quem a fez ou para os neandertais que habitaram a caverna, mas o fato de que eles marcavam assim seu território antes da chegada dos humanos modernos tem profundas implicações para os debates sobre o que significa ser humano e as origens da arte", disse Tacon. 

Mas nem todo mundo está convencido. Outro estudo recente que examina a data de vários sítios arqueológicos pela Europa levanta a possibilidade de que as artes não tenham sido feitas por neandertais, mas por humanos modernos. Os neandertais desapareceram entre 41.030 e 39.260 anos atrás, quando os humanos modernos chegaram à Europa, entre 45 e 43 mil anos atrás, segundo esse estudo, deixando alguns anos de sobreposição.

"Qualquer descoberta que ajude a melhorar a imagem pública dos neandertais é bem-vinda", disse Clive Gamble, arqueólogo da universidade de Southampton, na Inglaterra. "Sabemos que eles falavam, viviam em grandes grupos sociais, olhavam os doentes, enterravam os mortos e eram muito bem sucedidos nos ambientes de gelo. Por isso, entalhes em pedra devia estar a seu alcance". "O que é crítico, no entanto, é a datação", disse Gamble.

Fonte: Ciência e Saúde/G1
 

Estudo brasileiro liga composto presente no plástico a ganho de peso

Bisfenol pode estar presente em garrafões retornáveis de água mineral, 
além de outras embalagens e utensílios; também pode aparecer 
em revestimentos de embalagens metálicas de alimentos
 (Foto: Reprodução/TV Tem)

O bisfenol A, composto presente em alguns tipos de plástico, pode ter um impacto sobre os hormônios da tireoide, segundo um estudo desenvolvido na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apresentado nesta quinta-feira (28) na XXIX Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), em Caxambu, Minas Gerais. Os resultados sugerem que a ingestão da substância, presente em vários tipos de embalagem de alimentos e bebidas, pode levar ao ganho de peso.

A pesquisa conduzida pela pesquisadora Andrea Claudia Freitas Ferreira avaliou o efeito do bisfenol A, usado em plásticos que têm policarbonato em sua composição e em resinas epóxi, e dos ftalatos, usados para dar maleabilidade ao plástico.

Andrea explica que a glândula tireoide produz hormônios que atuam em todos os sistemas do organismo. Ela produz principalmente o hormônio T4, que tem 4 átomos de iodo. Mas o hormônio ativo é o T3, que tem 3 átomos de iodo. Enzimas chamadas desiodades são responsáveis por retirar um átomo de iodo do T4, transformando-o em T3, ativando dessa forma os hormônios tireoidianos.

A pesquisa avaliou o impacto dos compostos do plástico nas enzimas desiodases. “Os experimentos foram realizados in vitro, ou seja em um tubo de ensaio. Nós incubamos amostras de tecidos que têm desiodase com os compostos citados e medimos a atividade enzimática”, explica Andrea. O resultado foi que a presença do bisfenol A inibiu a atividade das desiodades. Ou seja: o composto atrapalhou a ativação dos hormônios da tireoide. Já os ftalatos não interferiram na atividade das enzimas.

Segundo Andrea, caso o mesmo resultado seja observado em estudos com animais, é possível concluir que a diminuição da ação dos hormônios da tireoide predisponha o indivíduo ao ganho de peso. “Esses hormônios são importantes estimuladores do gasto energético e o peso corporal é determinado pelo equilíbrio entre a quantidade de energia obtida na alimentação e a quantidade de energia gasta para manter o metabolismo corporal”, observa a pesquisadora.

Estudos anteriores já encontraram relações entre o nível de bisfenol A encontrado na urina dos indivíduos e a obesidade.

Melhor evitar

“Em relação ao consumo de alimentos e bebidas em embalagens plásticas, o ideal é que se minimize ao máximo, visto que componentes do plástico podem passar para os alimentos e bebidas, principalmente quando o recipiente é aquecido e resfriado”, diz Andrea, que orienta que o ideal é dar preferência a recipientes de vidro.

Uma outra preocupação que devemos ter, segundo ela, é em relação ao destino do lixo. “Muito material plástico é lançado no ambiente e acaba sendo ingerido por outros seres vivos. Como nós estamos no topo da cadeia alimentar, acabamos ingerindo esses compostos através da nossa alimentação.”

Por causa de estudos que levantaram dúvidas sobre a segurança do bisfenol A, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a importação e fabricação de mamadeiras que contenham a substância no Brasil. Para outras aplicações, porém, o bisfenol A ainda é permitido, segundo a agência. O que a legislação estabelece é um limite de transferência dessa substância para o alimento, valor definido com base em estudos toxicológicos.

Fonte: Ciência e Saúde /G1

Família luta para descobrir doença de bebê na China

Uma mãe chinesa já gastou US$ 16,2 mil em exames para tentar descobrir que doença acomete a filha Yuanyuan, que pesa 2,5 kg e engordou apenas 0,05 kg desde que nasceu, há 1 ano e um mês. Até agora, no entanto, nada foi descoberto sobre a filha.

Imagem de 30 de agosto mostra a mãe Wu Lunjiao com a filha no colo,
em Shenzhen, província chinesa de Guangdong 
(Foto: Chen Wencai/Reuters)
Wu Lunjiao (esq.) segura sua filha, Yuanyuan, enquanto o filho bombeia leite para o estômago da menina, na casa da família em Shenzhen, China (Foto: Reuters/Stringer) 
Wu Lunjiao (esq.) segura sua filha, Yuanyuan, enquanto o filho bombeia 
leite para o estômago da menina, na casa da família em Shenzhen, China
 (Foto: Reuters/Stringer)
Fonte: G1/ Ciências e Saúde

Problema genético deixa gata constantemente com fisionomia triste

Um problema genético deixa uma gata constantemente com fisionomia triste. A felina chamada Tucker ganhou destaque após ser colocada para adoção pela organização Purrfectpals.org nos EUA.

A anomalia genética provoca a queda da face de Tucker, dando a impressão de que ela está triste. Por causa disso, Tucker acabou apelidada de a "gata mais triste do mundo".

Tucker foi apelidada de gata mais triste do mundo 
(Foto: Reprodução/Purrfectpals.org)
A organização destaca que Tucker, de um ano de idade, é uma gata adorável. Ela foi levada para um abrigo em Arlington, no estado de Washington, depois que os antigos donos não puderam mais cuidar dela.

Gata constantemente parece com fisionomia triste por causa de um problema genética (Foto: Reprodução/Purrfectpals.org) 
Gata constantemente parece com fisionomia triste por 
causa de um problema genética
 (Foto: Reprodução/Purrfectpals.org)

Fonte: Ciências e Saúde/G1

Nasa registra erupções intensas no Sol


 
Cientistas dizem que as recentes tempestades solares não 
devem provocar grandes efeitos na Terra 
(Foto: Nasa/BBC)

A agência espacial americana, a Nasa, divulgou imagens de tempestades solares intensas captadas nos últimos dias. Veja o vídeo.

Na semana passada, uma sequência de pelo menos meia dúzia de erupções foi registrada pelo laboratório de dinâmica solar da agência. As chamadas ejeções de massa coronal (EMC) lançaram partículas superaquecidas a milhares de quilômetros de distância do Sol.

Quando intensas, estas explosões podem emitir radiação a uma distância suficiente para afetar as comunicações e a localização por satélite na Terra.

Entretanto, os cientistas dizem que, por causa da sua localização, as últimas tempestades solares não devem provocar grandes efeitos sobre o nosso planeta.

Fonte: Ciências e Saúde / G1

Macacos imunizados com vacina anti-HIV brasileira passam por testes


O pesquisador Edecio Cunha Neto, do Instituto do Coração (Incor),
 que trabalha no desenvolvimento da vacina anti-HIV brasileira
 (Foto: Sergio Barbosa/Incor)

Novos testes da vacina anti-HIV desenvolvida por pesquisadores brasileiros devem ter seus resultados concluídos no mês que vem, segundo o pesquisador Edecio Cunha Neto, do Instituto do Coração (Incor). O desenvolvimento da vacina foi tema da conferência de encerramento da XXIX Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimetnal (FeSBE), no mês passado.

A vacina, que está sendo desenvolvida por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP, do Incor e do Instituto Butantan, é composta de 18 fragmentos de DNA do vírus HIV, comprovadamente capazes de produzir uma resposta forte no sistema imune.

Em fevereiro, os pesquisadores anunciaram que testes da vacina feitos com quatro macacos tiveram resultados positivos. Os animais tiveram uma resposte imune até 10 vezes maior do que o que tinha sido observado em camundongos.

Agora, os mesmos animais passaram por uma nova vacinação, desta vez composta de uma proteína recombinante do envelope do HIV, que é a proteína da parte externa do vírus, que se encaixa nas células do organismo para invadi-las. “É de interesse fazer uma imunização que gere um anticorpo contra a proteína do envelope porque esses anticorpos podem recobrir o HIV e dificultar muito que ele consiga penetrar e invadir uma célula”, diz Cunha Neto.

O objetivo do teste é saber se os animais imunizados com a vacina com proteína do envelope seguida da vacina de DNA terão uma resposta contra a proteína do envelope melhor do que os animais que só receberam a vacina com a proteína. “Isso é o que a gente está testando exatamente agora e daqui mais ou menos um mês vamos ter os resultados.”

Próxima etapa

Na próxima etapa de testes, os fragmentos de DNA que compõem a vacina serão inseridos dentro de vírus atenuados de varíola e de adenovírus de chimpanzé. “A resposta é muito mais forte quando o antígeno está dentro de um vírus. A gente quer mudar de uma vacina de DNA para uma vacina usando vetor viral, que vai dar uma resposta muito mais forte em primatas e humanos”, diz o pesquisador.

A nova estratégia deve ser testada em quatro grupos de seis macacos no Instituto Butantan. No entanto, ainda não há uma previsão de data para a realização dos testes. Isso porque para trabalhar com vetor viral, que tem possibilidade de ser patogênico para o ser humano, são necessárias instalações especiais para hospedagem dos animais e realização dos procedimentos.

“Estamos esperando chegar um módulo pronto, que tem tudo preparado para receber os cerca de 30 animais, para que eles fiquem sem contato com o meio externo e de modo que todo material que sai de lá é incinerado.” Os testes só poderão prosseguir a partir da chegada dessas instalações, segundo o pesquisador.

Fonte: Ciências e Saúde/G1