Os níveis de alerta contra o terrorismo aumentaram em pelo menos
quatro países (Espanha, França, Itália e Estados Unidos) desde a última
sexta-feira, 26, quando ataques foram registrados na França, Tunísia e
Kuwait, deixando mais de 60 mortos. Para algumas pessoas, os incidentes
não repercutiram na rotina. Outras, porém, sentiram - mesmo que
minimamente - mudanças no cotidiano.
Na
França, um corpo decapitado foi encontrado em uma usina de gás perto de
Lyon. A cerca de 60 km dali, em Grenoble, a designer fortalezense
Joseane Vale, 24, afirma ter sido um choque saber que um atentado
aconteceu tão próximo - “assim como foi em janeiro”, quando houve o
ataque ao jornal Charlie Hebdo, em Paris, ela diz.
Apesar
disso, o doutorando em informática e marido de Joseane, Tales Paiva, 31,
narra que não houve mudanças na rotina, pelo menos neste primeiro
momento. O mesmo foi comentado pelo doutorando em matemática Rafael
Rezende, 25. “Não vi reações nas ruas, nas redes sociais. Foi um dia
normal”, descreveu o fortalezense, há cinco anos em Paris.
Sua
namorada, a editora francesa Elisabeth Eon, 28, considerou que pouco
ainda se sabe sobre as motivações para o atentado. “Em janeiro, tudo
ficou claro muito rápido. Não foi o caso desta vez”.
Análise
Independentes
ou fruto de um esforço coordenado, os ataques, avalia o professor de
Ciência da Religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rodrigo
Franklin, chamam nossa atenção à realidade de que o fundamentalismo
islâmico está vivo, forte e cada vez mais próximo. “Quando juntamos
religião e ideologias políticas radicais e violentas, o resultado é
explosivo. É preciso urgentemente entender e buscar soluções para o
problema, com a colaboração de setores acadêmicos, políticos,
religiosos, dentre outros. É um desafio sério”, pondera o pesquisador.
Fonte: O Povo Online
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