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domingo, 19 de julho de 2015

Greve de servidores do INSS atinge quase metade das agências no país

Greve dos servidores do INSS na agência da Pedreira, no Pará 
(Foto: Tarso Sarraf)

A greve de servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entrou no sétimo dia nesta segunda-feira (13) com quase metade das agências do país fechadas ou funcionando parcialmente, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Previdência Social nesta noite.

No total, o país tem 1.605 agências. Segundo o balanço, até as 17h desta segunda, 564 (35,1%) funcionavam parcialmente e 222 (13,8%) ficaram fechadas. O ministério informou que, ao fim do dia, 2.712 servidores tinham registro de falta por motivo de greve no sistema de frequência.

O movimento acontece em ao menos 22 estados e no Distrito Federal – veja abaixo a situação em cada região. O ministério informou que, pela Central de Atendimento (no telefone 135), a população pode se informar sobre as agências que estão atendendo. Quem perdeu um atendimento agendado em virtude da greve deve remarcá-lo.

Os servidores pedem um reajuste salarial de 27,5% imediato, com aumento gradual durante os próximos quatro anos. Eles também pedem melhorias nas condições de trabalho e no atendimento à população. O Ministério do Planejamento propôs um reajuste de 21,3%, dividido em parcelas nos próximos anos, e as negociações ainda continuam.

Veja a situação da greve nos estados:

Servidores fazem reunião em sede da gerência do INSS em Rio Branco  (Foto: Quésia Melo/ G1) 
Servidores fazem reunião em sede da gerência do
INSS em Rio Branco (Foto: Quésia Melo/ G1)
 
ACRE
 
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais (Sindsep-AC), Ângelo Augusto, afirmou nesta segunda que a greve segue "por tempo indeterminado" no estado.

"Os municípios vão trabalhar em regime de 30%, cumprindo os agendamentos, porque a chefia não pode fazer greve e vai atender o público", disse o sindicalista.


ALAGOAS

Os servidores do INSS em Alagoas estão parados desde a última sexta-feira (10). Segundo o sindicato, todas as 26 agências do órgão no estado foram afetadas. Apenas 30% dos serviços das unidades foram mantidos.


AMAPÁ
 
A greve compromete os atendimentos em duas das seis agências no Amapá, informou a Associação dos Servidores do INSS no estado. Em Santana e Laranjal do Jari, 19 funcionários estão em greve. As unidades fazem apenas o serviço de auxílio-doença.

Em Laranjal do Jari, a 295 quilômetros de Macapá, onde os funcionários pararam na terça-feira (7), cerca de 120 atendimentos foram afetados, e serviços de pedidos de aposentadorias, salários maternidade, entre outros, estão apenas sendo agendados. Em Santana, a 17 quilômetros da capital, que aderiu ao movimento na sexta-feira (10), a associação ainda calcula o número de atendimentos suspensos.


BAHIA

Os servidores do INSS na Bahia mantêm greve há uma semana e só devem marcar assembleia após a apresentação da contraproposta pelo governo federal, no dia 21 de julho.

Segundo balanço do Ministério da Previdência Social, apenas 20 das 133 agência do estado estavam funcionando normalmente nesta segunda-feira.

O comando de greve diz que o serviço da Previdência Social só não foi paralisado na cidade de Bom Jesus da Lapa, no oeste baiano. "Na Bahia, está praticamente 100% parado, mas só em Bom Jesus da Lapa os servidores não estão parados. Isso se deve à distância, à falta de mobilização", afirma o sindicalista Ricardo Sampaio.


CEARÁ

Aumentou para 87% o percentual de agências do INSS no Ceará que estão paradas desde o inícido da greve, em 7 de julho. A informação é do Sindicato do Trabalho Previdência Social no Estado do Ceará (Sinprece).

A principal agência do INSS em Fortaleza, na Rua Pedro Pereira, no Bairro Centro, está com as portas fechadas. O Sinprece diz que unidades de municípios da Região Metropolitana também não estão funcionando.


Servidores do INSS decidem greve no Distrito Federal (Foto: Gabriel Luiz/G1) 
Servidores do INSS decidem greve no DF
(Foto: Gabriel Luiz/G1)
 
DISTRITO FEDERAL

As atividades estão paradas em todas as 19 agências do Distrito Federal nesta segunda-feira. O sindicato da categoria, Sindprev, informou que só estão sendo realizados atendimentos médicos e reagendamentos.

Na sexta (10), três agências do DF funcionaram parcialmente. De acordo com o sindicato, cerca de 30% do efetivo de 951 funcionários está trabalhando.

Em votação, a categoria decidiu fazer um protesto na terça-feira (14). O ato deve ocorrer em frente à gerência da Previdência no DF.


Apesar da greve, Maria Cleide foi atendida porque tinha agendado a perícia em agência de Goiânia, Goiás (Foto: Táliton Andrade/ G1) 
Em Goiás, servidores mantêm greve
(Foto: Táliton Andrade/ G1)
 
GOIÁS

Segundo um levantamento parcial do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência (Sintfesp), que representa a categoria, das sete agências de Goiânia, apenas duas estão funcionando, sendo uma no Centro e outra no Setor Sul.

No estado, a greve começou no último dia 7. Na maioria das agências, apenas segurados que agendaram o atendimento por telefone antes da greve estão sendo atendidos.

O INSS informou em um comunicado que quem perdeu o atendimento terá a data remarcada automaticamente. O segurado pode consultar a nova data na central de atendimento pelo telefone 135.


Faixa exibida pelos servidores em agência do INSS em Presidente Dutra (MA) (Foto: Divulgação / Sintsprev-MA) 
Faixa exibida em agência do INSS em Presidente
Dutra (MA) (Foto: Divulgação / Sintsprev-MA)
 
MARANHÃO

Desde a última sexta-feira, a greve atinge 39 das 43 agências em todo o estado. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência do Estado do Maranhão (Sintsprev-MA), mais de 70% dos 944 servidores da Previdência Social no Maranhão aderiram à paralisação nacional, por tempo indeterminado.

Nesta segunda, o Sintsprev-MA realiza duas mobilizações para buscar novas adesões. Uma delas ocorre na agência da Previdência Social do bairro do Angelim, em São Luís. A outra mobilização será no Hospital Universitário Presidente Dutra, já que servidores do Ministério da Saúde também estão em greve.


MATO GROSSO

As 37 agências no estado estão com as atividades paralisadas, segundo Cleones Celestino Batista, presidente do Sindsprev-MT. Entre elas, estão as três agências de Cuiabá e outra de Várzea Grande, região metropolitana da capital.

Batista disse ainda que são realizados apenas os atendimentos agendados pelo telefone 135, que seriam as perícias médicas. Em Cuiabá, os servidores se reúnem na frente de uma das agências do INSS, localizada na Avenida Getúlio Vargas, com banners, faixas e planfletos, como forma de protesto.


MATO GROSSO DO SUL
 
Das quatro unidades de Campo Grande, duas estão fechadas nesta segunda: a Central, que está localizada na rua 26 de agosto, e outra na rua Alexander Fleming. As demais agências funcionam normalmente.

Além de Campo Grande, oito filiais estão fechadas no interior do estado, segundo a assessoria do órgão. Já o Ministério da Previdência informou que, dos 37 pontos de atendimento em Mato Grosso do Sul, cinco paralisaram o funcionamento.


MINAS GERAIS

Cerca de 80% do servidores no estado estão parados e 90% das agências em Belo Horizonte não funcionam, de acordo com Sérgio Andrade, do comando de greve do Sintsprev-MG. Os outros 10% que estariam trabalhando seriam compostos por chefes, superintendentes e médicos peritos. Esta última categoria tem outro sindicato e não aderiu à paralisação.

Segundo Andrade, nesta segunda-feira à tarde haverá uma assembleia na capital mineira para a decisão de novos rumos do movimento. As subsedes nas cidades de Uberaba (Triângulo), Teófilo Otoni (Vale do Jequitinhonha), Montes Claros (Norte), Juiz de Fora (Zona da Mata) e Poços de Caldas (Sul) também farão uma reunião.


PARÁ

No sexto dia de greve no estado, a população continua com o serviço reduzido, uma vez que dos 884 servidores, cerca de 710 aderiram à paralisação, segundo o Sintprevs-PA.

O sindicato afirma que alguns serviços continuam sendo realizados mesmo com a greve. “Se for pra liberar pagamento de benefícios, a gente libera o documento, porque os peritos ainda não aderiram ao movimento”, explica Antônio Maués, da direção colegiada do Sintprevs/PA.

Em Santarém, no oeste do Pará, a paralisação também continua, e apenas 30% dos serviços estão sendo mantidos, sendo que a prioridade de atendimento é para os casos de auxílio doença, de acordo com o sindicato.


PARAÍBA
 
Os servidores do INSS na Paraíba entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira. De acordo com o Sindsprev-PB, também aderiram à greve os servidores da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), do Ministério da Saúde e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Segundo o sindicato, durante a paralisação, 30% do efetivo vai continuar trabalhando para casos de urgência. Os outros atendimentos foram adiados. A categoria decidiu entrar em greve durante assembleia realizada na última quinta-feira (9).

De acordo com Antônio Bichara, do comando de greve, cerca de 10 mil servidores, sendo 1.800 do INSS, estão em greve nas 51 agências existentes no estado.


PARANÁ

Quatorze das 74 agências do INSS no Paraná estão funcionando nesta segunda-feira, de acordo com o Sindprev. Desde terça (7), os servidores aderiram ao movimento grevista nacional, realizando apenas o serviço de perícia médica.

São aproximadamente 2.000 servidores no Paraná, que fazem, conforme estimativa Sindprev, de 3.000 a 3.500 atendimentos por dia.


Na agência de Petrolina, apenas as perícias agendadas são atendidas (Foto: Yuri Matos/ G1) 
Na agência de Petrolina, apenas as perícias
agendadas são atendidas (Foto: Yuri Matos/ G1)
 
PERNAMBUCO

A greve chegou ao quarto dia nesta segunda-feira em Petrolina, no Sertão pernambucano. Na agência da cidade são realizadas apenas as perícias médicas que foram agendadas.

Com isso, a média de atendimentos, que era de cerca de 400 pessoas por dia, caiu para 80.

Dos 56 funcionários, 80% aderiram ao movimento. “Não é uma adesão de 100% porque tem médicos que estão atendendo, e 30% dos demais funcionários, para cumprir a lei de greve”, contou diretora do Sindsprev em Petrolina, Jane Toma.


PIAUÍ

O movimento grevista afeta 32 agências no Piauí, sendo seis na capital e 26 nos municípios do interior.

De acordo com Antônio Machado, presidente do Sintsprev-PI, o movimento já atinge 92% dos servidores do INSS no estado. Ele estima que para cada 500 serviços, apenas 30 estejam sendo feitos. "Nós estamos atendendo apenas os casos extremos, como pagamentos e perícias que precisam ser apresentadas no trabalho", disse.


RIO DE JANEIRO

Há agências paralisadas em Maricá, Bairro de Fátima (Niterói), São Gonçalo e Arraial do Cabo, ligados à gerência de Niterói, na Região Metropolitana do Rio.

Segundo o último balanço atualizado do próprio INSS, até o fim da tarde de sexta-feira (10), das 106 agências do estado do Rio de Janeiro, sete unidades (7%) estavam totalmente paralisadas e outras 13 (12%), com atendimento parcial.

De acordo com o Sindsprev-RJ, está marcada uma assembleia para sexta-feira (17) para avaliar o movimento no estado.


Com a paralisação, fica suspensa a maior parte dos atendimentos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e das agências regionais do Trabalho no Estado. (Foto: Sindprevs-RN) 
Greve também afetou atendimento na Anvisa e
Funasa (Foto: Sindprevs-RN)
 
RIO GRANDE DO NORTE

A greve dos funcionários do INSS chegou ao sexto dia no RN com 80% de adesão. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Previdência, Saúde e Trabalho do Estado (Sindprevs-RN), apenas quatro agências continuam funcionando nem Natal.

Além do INSS, a paralisação também reduz a 30% os atendimentos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e das agências regionais do Trabalho no Estado.


RIO GRANDE DO SUL
 
A paralisação no Rio Grande do Sul tem adesão estimada em cerca de 70% dos servidores nesta segunda-feira. O INSS tem cerca de 2 mil funcionários no estado.

Segundo o Sindisprev-RS, a mobilização da categoria começou na última terça (7) e continua forte. Os atendimentos são afetados principalmente nas nove agências regionais. A adesão é maior na região de Pelotas, no Sul, e em Ijuí, no Noroeste.


SANTA CATARINA

A adesão em Santa Catarina chegou a 70%, de acordo com o Sindprevs, com 11 agências fechadas e funcionamento parcial em 20 cidades. Já de acordo com o Ministério da Previdência, o balanço de sexta-feira (10) indicava que 24 agências tinham atendimento parcial e uma estava fechada. Há 63 unidades do INSS no estado.

O comando da greve estima que cerca de 2 mil atendimentos deixam de ser realizados por dia no estado. A adesão de médicos peritos tem grande impacto nos atendimentos, diz o sindicato.


 SÃO PAULO
 
A paralisação continua em agências do interior e do litoral de São Paulo.

Cerca de 200 funcionários de nove agências da região de Jundiaí estão parados, e o atendimento só é feito para pessoas que passam por perícia médica ou que tenham horário agendado.

Já na região de Sorocaba, as agências continuam funcionando normalmente e não há previsão de paralisação dos serviços.

Além das unidades de Guarujá, Cubatão, Itanhaém e Peruíbe, no litoral paulista, o posto de Miracatu, na região do Vale do Ribeira, também está fechado desde a última terça-feira (7). Há cerca de uma semana, as agências de Praia Grande, Santos e São Vicente funcionam de maneira parcial.

Cerca de 60% dos funcionários do INSS de Bauru estão parados, segundo o sindicato. Apenas os agendamentos estão sendo atendidos na unidade. Em Botucatu, todos os serviços ligados à aposentadoria estão paralisados. São feitas apenas perícias para auxílio doença. A agência de Igaraçu do Tietê também está parada.

No noroeste paulista, 90% dos servidores aderiram à greve em São José do Rio Preto. A agência de Santa Fé do Sul (SP) também não está funcionando. Em Catanduva (SP), Jales (SP) e Fernandópolis (SP) o atendimento é parcial. 

Muitos trabalhadores do Vale do Paraíba também continuam em greve. As unidades do INSS em Lorena, Aparecida e Taubaté estão totalmente sem atendimento nesta segunda. As agências de São José dos Campos, Caçapava, Pindamonhangaba e Ubatuba estão atendendo apenas serviços de perícia e agendamentos.

Já as unidades de Jacareí, Cruzeiro, Cachoeira Paulista, Guaratinguetá, Campos do Jordão, São Sebastião e Caraguatatuba voltaram a funcionar normalmente nesta segunda. Os servidores decidem na terça se retomam a greve.

Os funcionários do INSS de Piracicaba decidiram aderir à greve a partir desta terça-feira (14), dessa vez por tempo indeterminado. No dia 7 deste mês, os trabalhadores realizaram uma paralisação que suspendeu cerca de 400 atendimentos no município, mas voltaram às atividades depois de 24 horas. 


Servidores continuam de braços cruzados (Foto: Tassio Andrade/G1) 
Servidores continuam de braços cruzados em
Sergipe (Foto: Tassio Andrade/G1)
 
SERGIPE

Só duas das 19 agências do estado funcionaram normalmente nesta segunda, segundo balanço da Previdência Social.

Os servidores do INSS continuam em greve por tempo indeterminado e cerca de 2,5 mil pessoas estão sem atendimento desde a quinta-feira (9).

Os médicos peritos continuam atendendo os casos urgentes das pessoas que já estavam agendadas, já que para conseguir uma vaga para esse serviço pode demorar meses.

“Como o agendamento do serviço pode ser feito pelo site ou pela central de telefone 135, a greve não prejudica tanto o cidadão. A partir do dia do agendamento começa a contar o pedido de aposentadoria, quando ele for atendido e for efetivado o benefício ele vai receber de forma retroativa”, explica Isaac Silveira, coordenador geral do Sindiprev.


 TOCANTINS 
 
Servidores de mais cinco agências do INSS em Tocantins aderiram à greve nacional, nas seguintes cidades: Palmas, Araguaína, Gurupi, Tocantinópolis e Colinas do Tocantins. No estado, duas das 12 agências já estavam paralisadas: a de Arraias e a de Araguatins.
 
Apenas duas agências (Arraias e Colinas) estão com os serviços totalmente parados. As outras tiveram adesão parcial. Nestas, os servidores estão atendendo apenas os contribuintes com perícia médica agendada para fins de auxílio-doença.


Fonte: G1

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