A Prefeitura de Milhã (localizada a 301 Km de Fortaleza)
passa por uma crise financeira sem precedentes. O somatório das dívidas
pode chegar a R$ 131 mil. Até a energia da sede do poder Executivo foi
cortada, na última quinta-feira (30), pela Coelce.
Problema que pode ser agravado com o possível corte nos prédios do
hospital e secretarias municipais, que também estão com as contas
atrasadas.
Energia elétrica da sede do município foi cortada (Foto: Miguel Portela)
De acordo com a distribuidora, o fornecimento da energia elétrica,
foi restabelecido por conta de uma liminar na Justiça. Mas a dívida
ainda não foi paga. A Coelce acrescentou que nenhum prédio público de
Milhã está com o fornecimento suspenso.
De acordo com o assessor Jurídico de Milhã, André Wilson, a
gestão atual tem conseguido trabalhar por conta de liminares na Justiça
para restabelecer a energia. Foi justamente esse expediente que a
prefeitura voltou a repetir para tentar que a energia seja religada.
Em vídeo gravado pelo radialista local Antônio Elano,
o assessor jurídico revela que a dívida total com a Coelce é de R$
43.166,34 é apenas mais um compromisso não honrado desde o mês de
outubro pelo Executivo. Temos dívidas com fornecedores diversos, com
prestadores de serviço, inclusive com funcionalismo público. Onde
existem secretarias com três meses de salários atrasados", observa,
ressaltando que a nova administração está tendo que arcar com custos da
gestão anterior. "Desde quando a gestão passada perdeu a eleição, em
outubro, não se paga energia elétrica", afirmou.
"Com a nova assessoria nós já devemos R$ 4 mil e com a Secretaria das
Cidades são outros R$ 10,3 mil que seriam no tocante a construção do
novo aterro sanitário", complementou. Além disso, segundo ele houve uma
queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). "Houve uma redução do FPM de Milhã de R$ 1 milhão para R$ 800 mil, de acordo com o último Censo", reforçou
Mais dívidas com outros órgãos
André Wilson revelou que existem outras contas vencidas, que somam
valores ainda mais altos. "A Prefeituras de Milhã estaria devendo outras
R$ 74,5 mil", confirmou, acrescentando que parte deste montante diz
respeito ao trabalho realizado pelo Instituto IDC, que promove o Grupo de Apoio à Saúde da Família".
Maior preocupação com a falta de chuva
O assessor afirmou que também existe o custo elevado com a dstribução
de água através dos carros-pipa, mas não detalhou de quanto seria esse
gasto. "Esperamos que chova local, até mesmo porque estamos pagando
carros-pipa, com custo imenso apesar da necessidade da população. A
condição é calamitosa e deficitária", contou, solicitando sugerindo a
necessidade de auxílio dos governos Estadual e Federal.
Fonte: Diário do Nordeste
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