Um estudante de 16 anos, morador do Rio de Janeiro,
construiu um robô que pode ajudar deficientes ou pessoas hospitalizadas
a interagir com familiares em locais distantes de onde eles estão.
Batizado de Droidnet, o robô conta com um monitor que mostra quem está
no comando e uma webcam que capta imagens e sons do ambiente.
Para criá-lo, Rayllonn Nagime Rodolfo Barbosa, utilizou os
conhecimentos do curso técnico da Escola Técnica Rezende-Rammel (ETRR),
da rede privada do Rio de Janeiro, onde o estudante cursa o terceiro ano
de mecatrônica. O objetivo é apresentar o Droidnet em feiras estudantis
de tecnologia no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.
O Droidnet tem uma tela que simula a cabeça de quem opera o robô
(Foto: Tiberius Drumond/ Divulgação)
Para entender como funciona o Droidnet imagine a seguinte situação
hipotética: uma pessoa está internada e não pode sair do hospital para
participar de um encontro familiar. Para não perder o compromisso, ela
envia o Droidnet que vai representá-la. De dentro do hospital ela liga o
notebook, onde está instalado o software próprio e ativa a webcam. É do
computador que o paciente dará os comandos ao robô que estará na casa
da família. O robô vai reproduzir a imagem e voz da pessoa que estará no
hospital. O Droidnet possui duas câmeras e um microfone, por isso é
possível ouvir conversas a sua volta, além disso ele é móvel, o que dá
mais noção do espaço e do ambiente.
Rayllon faz os ajustes finais no robô Droidnet
(Foto:Tiberius Drumond/ Divulgação)
“O robô seria a pessoa que está no hospital. O doente estaria vendo,
ouvindo, falando e sendo visto. A internet é o caminho mais barato para
ir ao mundo todo”, afirma Rayllonn. O estudante conta que a ideia de
criar o Droidnet surgiu porque uma situação como esta aconteceu na sua
família, um tio deixou de participar de um encontro da família porque
estava no hospital.
O Droidnet possui bateria interna, modem 3g, roteador wi-fi e esteiras
na base para se deslocar. Uma tela simula uma cabeça e mostra o rosto de
quem está operando robô, que também possui um dispositivo para captar
som do ambiente e uma câmera para mostrar tudo o que se passa no local.
Rayllonn dedicou pelo menos seis meses de trabalho para construir seu
segundo robô. O primeiro foi feito há mais de um ano, era um modelo
aquático que tinha habilidade e tecnologia para observar o fundo do mar.
O trabalho foi acompanhado pelos professores da ETRR.
Rayllonn tem 16 anos e criou o robô Droidnet
(Foto: Tiberius Drumond/ Divulgação)
Os planos de Rayllonn incluem a busca de patrocinadores para patentear o
Droidnet e comercializá-lo, além do ingresso no ensino superior para
cursar engenharia mecatrônica ou controle de automação.
“O robô pode ajudar pessoas internadas em hospitais a interagir com
seus funcionários em casa. Sabemos que esta interação pode ajudar muito
na recuperação dos pacientes”, diz Rayllonn. O Droidnet ainda pode ser
usado por pessoas com dificuldade de locomoção para visitar, por
exemplo, museus e feiras.
Fonte: G1
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