Na hora de construir ou reformar a casa, não basta pensar apenas na
estética, mas também na saúde. Além disso, é importante manter o
ambiente bem higienizado e ter certos cuidados, principalmente em
relação ao mofo, que pode causar ou até mesmo agravar problemas
respiratórios, como explicou a pediatra Ana Escobar.
Uma das dicas na hora de escolher o material para a casa é em relação
às tintas, que devem ser antimofo ou antibacteriana, que têm substâncias
para evitar o crescimento de fungos, algas e bactérias. Além disso, é
importante observar também os revestimentos, que devem ter a superfície
lisa. Isso porque os mais porosos podem acumular microorganismos por
causa das pequenas rachaduras, o que pode oferecer risco à família. Fora
isso, são também mais fáceis de limpar, como mostrou o arquiteto
Gustavo Calazans.

Na cozinha, isso é ainda mais preocupante porque é na bancada da pia
que pode ocorrer a contaminação cruzada, que pode causar uma infecção
gastrointestinal. Nesse caso, é fundamental optar por revestimentos sem
poros, onde o alimento e a sujeira não consigam se acumular.
Os pisos também merecem atenção porque, dependendo do material, podem
piorar o quadro de pessoas que têm alergia ou doenças respiratórias.
Por exemplo, o carpete é o pior revestimento porque pode concentrar
ácaros e isso é um risco para a saúde. A dica é procurar sempre por
opções fáceis de limpar e que não acumulem muita sujeira.
Porém, se a pessoa quiser de qualquer jeito usar um carpete em casa, a
dica do arquiteto Gustavo Calazans é colocar um piso frio e um tapete
removível, que é uma escolha mais higiênica e saudável já que o tapete
pode ser lavado.
Em relação aos tapetes, de maneira geral, é recomendado optar sempre
pelos laváveis, como os de nylon e polipropileno, um tipo de plástico.
Os especialistas falaram também sobre o banheiro que, se estiverem mal
ventilados, podem ser um problema já que acumulam umidade e podem
favorecer a proliferação de bactérias e fungos causadoras do mofo.
Por isso, é essencial que o chuveiro esteja perto de uma janela e que ela fique aberta durante e depois do banho.
As janelas, inclusive, são extremamente importantes na casa porque são
as responsáveis pela iluminação e ventilação do ambiente.
A dica é procurar sempre as maiores e colocá-las em paredes opostas
para que a corrente de ar atravesse os cômodos, causando a chamada
“ventilação cruzada”, como explicou o arquiteto Gustavo Calazans.
Os especialistas alertaram também para um hábito muito comum, mas que
pode prejudicar principalmente a qualidade do sono: usar a colcha que
cobre a cama para dormir. Segundo a pediatra Ana Escobar, por ficar todo
o dia lá, a colcha acaba sendo uma barreira para a sujeira que vem pelo
ar e, por isso, usá-la para dormir pode causar espirros durante a
noite. A dica é trocar o cobertor e usar um diferente na hora de deitar.
Em relação à limpeza, existem dois alertas importantes - o primeiro é
não confiar no aspirador ou na vassoura, especialmente se a família
tiver bebês que engatinham, pessoas alérgicas ou com problemas
respiratórios. Isso porque, ao usar esses dois utensílios, a sujeira
pode subir e fazer mal para a saúde. Nesse caso, o pano úmido é a melhor
opção.
O outro alerta vai para a limpeza da cerâmica - ao lavá-la, o rejunte
encharca e leva muito tempo para secar, ou seja, antes que seque, a
pessoa já lavou de novo. Porém, isso é um problema porque quanto mais
úmido e molhado, maior é a tendência do revestimento desenvolver uma
espécie de mofo, que deixa mancha. Por isso, mais uma vez, a melhor
opção é usar um pano úmido ou até mesmo um produto específico.
Tintas
A repórter Marina Araújo mostrou como são feitas as tintas antimofo e antibacteriana e contou a história de uma família que utilizou esses produtos para proteger o quarto do bebê. Testes de laboratório comprovam a eficiência dessas tintas, que são as mais recomendadas para a casa.
A tinta antimofo, por exemplo, evita o crescimento de fungos e algas
que podem manchar as paredes e é mais barata e duradoura, além de ter a
vantagem de poder ser usada em paredes externas. Já a tinta
antibacteriana pode reduzir até 99% dos microorganismos (além dos fungos
e algas, também as bactérias), mas dura menos e é mais indicada para
uso em paredes internas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário