O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu durante
encontro com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, para utilizar
água do Rio Paraíba do Sul no Sistema Cantareira, que está em estado
crítico por causa da escassez de chuvas.
O Paraíba do Sul é um rio interestadual. Ele se forma no estado de São
Paulo pela união de outros dois rios paulistas e deságua no litoral
fluminense, sendo antes usado no abastecimento do Rio de Janeiro.
A proposta de Alckmin para desviar uma parte da água do rio foi
apresentada em reunião no Palácio do Planalto na terça-feira (18). A
medida depende de uma autorização da Agência Nacional de Águas (ANA),
como informou o Bom Dia Brasil, nesta quarta-feira (19).
O volume de água acumulado dos reservatórios do Sistema Cantareira caiu
abaixo dos 15% e chegou a 14,7% nesta quarta. O nível diminuiu mesmo
com chuva de 17,5 mm registrada na região na segunda-feira (17).
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp)
informou nesta segunda que a água do fundo dos reservatórios do Sistema
Cantareira poderá abastecer a Grande São Paulo por apenas quatro meses. O
chamado "volume morto" deve começar a ser usado entre julho e agosto,
de acordo com a companhia.
As obras emergenciais da Sabesp para retirar a água do volume morto começaram na segunda-feira em Nazaré Paulista e Joanópolis. Caminhões, tratores e retroescavadeiras preparam a área para instalar as bombas que vão retirar água do fundo dos reservatórios nas duas cidades.
A obra está orçada em R$ 80 milhões e vai tornar útil uma reserva de 300 bilhões de litros de água que fica abaixo do nível das comportas. Esse volume nunca foi usado porque as bombas não costumam captar água nessa profundidade. Para retirar essa água, a Sabesp está construindo uma tubulação de 3,5 km e nela vai instalar 17 bombas flutuantes.
A ideia da companhia é utilizar 200 dos 300 bilhões de litros do volume morto para garantir o abastecimento de quem recebe água do Sistema Cantareira. O diretor da Sabesp admite que a captação do volume morto deve ajudar a diminuir a crise do abastecimento no curto prazo. Isso porque o sistema pode levar muito tempo para se recuperar do período de seca.
"É uma represa enorme, nossa experiência de 2003, 2004 (mostra que) levamos dois anos pra recuperar o nível dos reservatórios", afirmou Paulo Massaro, diretor metropolitano da Sabesp. A empresa garante que essa água é de boa qualidade e também estuda aumentar a captação de água dos reservatórios Guarapiranga e Alto Tietê para o Sistema Cantareira.
Segundo um cálculo feito pelo professor especialista em recursos hídricos da Universidade de São Paulo (USP) Rubem Porto, com um índice de armazenamento de 15% e sem chuva, a água do Cantareira deve durar até setembro. Com o uso do volume morto, o abastecimento na Região Metropolitana de São Paulo ganha um "respiro" até fevereiro de 2015.
Formação e uso do Paraíba do Sul
As obras emergenciais da Sabesp para retirar a água do volume morto começaram na segunda-feira em Nazaré Paulista e Joanópolis. Caminhões, tratores e retroescavadeiras preparam a área para instalar as bombas que vão retirar água do fundo dos reservatórios nas duas cidades.
A obra está orçada em R$ 80 milhões e vai tornar útil uma reserva de 300 bilhões de litros de água que fica abaixo do nível das comportas. Esse volume nunca foi usado porque as bombas não costumam captar água nessa profundidade. Para retirar essa água, a Sabesp está construindo uma tubulação de 3,5 km e nela vai instalar 17 bombas flutuantes.
A ideia da companhia é utilizar 200 dos 300 bilhões de litros do volume morto para garantir o abastecimento de quem recebe água do Sistema Cantareira. O diretor da Sabesp admite que a captação do volume morto deve ajudar a diminuir a crise do abastecimento no curto prazo. Isso porque o sistema pode levar muito tempo para se recuperar do período de seca.
"É uma represa enorme, nossa experiência de 2003, 2004 (mostra que) levamos dois anos pra recuperar o nível dos reservatórios", afirmou Paulo Massaro, diretor metropolitano da Sabesp. A empresa garante que essa água é de boa qualidade e também estuda aumentar a captação de água dos reservatórios Guarapiranga e Alto Tietê para o Sistema Cantareira.
Segundo um cálculo feito pelo professor especialista em recursos hídricos da Universidade de São Paulo (USP) Rubem Porto, com um índice de armazenamento de 15% e sem chuva, a água do Cantareira deve durar até setembro. Com o uso do volume morto, o abastecimento na Região Metropolitana de São Paulo ganha um "respiro" até fevereiro de 2015.
Formação e uso do Paraíba do Sul
O Rio Paraíba do Sul é formado pela união de dois rios que nascem em terras paulistas: os rios Paraiba (com nascente em Cunha) e Paraitinga (com nascente em Areias). A confluência desses dois rios e a formação do Paraíba do Sul ocorre perto do município paulista Paraibuna, que fica a cerca de 120 km da capital paulista.
De acordo com o Comitê para Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, a água da bacia é usada sobretudo para abastecimento, irrigação e geração de energia hidroelétrica.
Fonte: G1
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