Todos os geossítios receberão praticamente a mesma estrutura.
O espaço,
criado desde o ano de 2006, deverá receber ainda este
ano equipe de
avaliação, para renovação da chancela
da Organização das Nações Unidas
para a Educação,
a Ciência e a Cultura, com o selo da Rede Global de
Geoparks
FOTO: ELIZÂNGELA SANTOS
Entre os itens a serem construídos estão escadarias, banheiros, bancos, abrigos e bicicletário
Crato. Investimentos na melhoria da infraestrutura dos geossítios do Geopark Araripe deverão ser aplicados a partir de abril. Serão realizadas melhorias como os acessos aos locais, à compra de mobiliários para recepção no local. Desde que foi criado, em 2006, o geopark ainda conta com uma infraestrutura mínima nas áreas dos geossítios, localizados em seis municípios da região. A meta é investir cerca de R$ 7 milhões, incluindo estrada de acesso à Cachoeira de Missão Velha, um dos locais mais visitados, principalmente durante a fase invernosa, serão 3 quilômetros de estrada, que contará com uma ciclovia.
O Geopark Araripe deverá receber ainda este ano equipe de avaliação,
para renovação da chancela da Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura, com o selo da Rede Global de Geoparks. O
projeto foi elaborado pelos próprios técnicos do geopark, levando-se em
conta as principais necessidades para realização desses serviços. No
plano anterior, não estava prevista a estrada. Mas por conta das
péssimas condições de acesso, foi inserida na proposta final, incluindo
uma ciclovia. Todos os geossítios receberão novos mobiliários, além de
melhorias que proporcionem mais conforto.
Mudanças
O projeto ocorrerá por meio de empréstimo do Banco Mundial, com
execução da Secretaria das Cidades. Nos principais pontos de acolhida
dos sítios, serão construídas escadarias, banheiros, bancos, abrigos,
bicicletário, além de um guarda-corpo, com correntes, no geossítio
Cachoeira de Missão Velha. Outro aspecto pensado pelos técnicos é a
inclusão de lojas de souvernirs com produtos regionais. As trilhas
receberão cuidados especiais, já que tem se acumulado lixo em algumas
áreas, a exemplo do Santo Sepulcro, de apenas dois quilômetros, e com
várias placas educativas, mas que o público ainda não adotou o hábito de
guardar o lixo, sem deixá-lo na floresta.
Segundo o professor Patrício Melo, vice-reitor da Universidade Regional
do Cariri (Urca), para a melhoria dessas áreas, será contratada através
do projeto, uma empresa que fará a manutenção das trilhas e dos
mobiliários, com segurança. Somente na nova estrada de acesso à
Cachoeira de Missão velha serão investidos cerca de R$ 4 milhões. Lá
também serão construídos bicicletário, abrigo, banca de vendas, e
inseridos bancos rústicos em madeira, lixeiros, além do guarda-corpo.
Todos os geossítios receberão praticamente a mesma estrutura, com as
devidas adequações e características de cada espaço, além de incorporar a
acessibilidade, com banheiros para deficientes. O maior impacto
relacionado do projeto de infraestrutura acontecerá nos geossítios
Riacho do Meio, em Barbalha, e no Pontal da Santa Cruz, em Santana do
Cariri, que a mais de um ano teve a cruz destruída e ainda não foi
iniciada a reconstrução.
Nessas duas áreas serão inseridos novos estacionamentos, com maior
capacidade. Caso as reformas sejam iniciadas ainda em abril, o prazo
para conclusão é até setembro. No Riacho do Meio, que é um dos
geossítios com boa estrutura de funcionamento, também está prevista
construção de um restaurante e uma sala para mini-curso, apresentações
de vídeos e palestras.
O local deverá receber um centro de interpretação do
soldadinho-do-araripe, pássaro encontrado apenas na região e em risco de
extinção. No Parque dos Pterossauros, em Santana do Cariri, e ideia é
além de toda a infraestrutura, com sala de multiuso, construir um espaço
de proteção para a área de escavações de fósseis.
O intuito é fazer com que esses espaços sejam garantidos por mais tempo
para estudos. Na área da floresta petrificada, em Missão Velha, também
será construído um estacionamento, além de escadas para acesso a alguns
lugares. Segundo Patrício Melo, uma das alternativas para integrar mais
ainda o projeto à população é proporcionar o turismo comunitário. Com
isso, haverá maior movimentação na economia, já que poderá, segundo o
vice-reitor, uma diversidade de produtos regionais. (ES)
Melhorias
7
milhões de reais é o valor para as seis cidades que compõem o lugar.
Cerca de R$ 4 milhões serão destinados ao acesso para a Cachoeira de
Missão Velha.
Mais informações:
Escritório Geopark Araripe
Rua Carolina Sucupira, s/n
Pimenta
Crato
Telefone: (88) 3102.1237
Fonte: Diário do Nordeste
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