Juazeiro do Norte. Os recursos necessários para
pagamento das desapropriações de terrenos próximos ao aeroporto Orlando
Bezerra de Menezes, neste município, poderão ser disponibilizados
através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nos próximos
meses. A informação foi prestada ontem pela Empresa Brasileira de
Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), através de sua assessoria de
comunicação, dando conta de que as discussões referentes à liberação dos
recursos já estão sendo mantidas junto ao Ministério do Planejamento.
Ontem, data tida como limite para a realização dos depósitos
indenizatórios, representantes do empresariado local, juntamente com
segmentos organizados da sociedade, aproveitaram para reivindicar maior
atuação da bancada cearense no Congresso Nacional como forma de
pressionar os Ministros Miriam Belchior e Moreira Franco, do
Planejamento e Aviação Civil, respectivamente, a encontrarem uma solução
para o problema.
Em nota, a Infraero explicou que o atraso no pagamento dos depósitos se
deu em virtude da perda de receita ocasionada pela concessão, em 2012,
de três dos maiores aeroportos da rede (Guarulhos, Viracopos e
Brasília), que respondiam por 37% das receitas operacionais da Infraero,
o que levou a empresa a atravessar um processo de reestruturação,
inclusive financeira. Dessa forma, todos os recursos previstos no
Orçamento de 2013 e que não haviam sido utilizados acabaram sendo
contingenciados pelo Ministério do Planejamento.
A Infraero também informou que no último dia 14 de março fez novo
pedido à Justiça objetivando prorrogar, por mais 90 dias, o prazo para
pagamento dos depósitos indenizatórios. A empresa garantiu, ainda,
continuar empenhada na retomada das obras de instalação dos módulos
operacionais de embarque e desembarque do terminal do Cariri, que vão
ampliar em 1.050 m² a área do aeroporto, cujo a capacidade atual de
atendimento é de 400 mil passageiros ao ano. Em 2013, o aeroporto
Orlando Bezerra de Menezes registrou 388 mil embarques e desembarques.
Sensibilização
"O que nós estamos buscando com esse movimento é sensibilizar o governo
federal, as autoridades representativas do Ceará e a própria Infraero
para a seriedade da situação", observou o presidente da Câmara de
Dirigentes Lojistas de Juazeiro do Norte, Michel Araújo.
Segundo o líder classista, caso não seja efetivado o projeto de
expansão do sítio portuário, o município poderá enfrentar uma
desaceleração no setor econômico, gerando, a partir daí, inúmeros
prejuízos. "Já se percebe a diminuição no número de passageiros nos
terminais de embarque e desembarque, bem como de empresas de aviação que
utilizam o aeroporto.
Caso nenhuma ação seja adotada como forma de garantir as obras de
expansão do equipamento, nós poderemos verificar, em pouco tempo,
retração nas vendas do comércio, o que acarretaria em diminuição de
vagas no mercado de trabalho e, consequentemente, diminuição do poder
econômico de Juazeiro do Norte e do Cariri", alertou.
Roberto Crispim
Colaborador
Colaborador
Fonte: Diário do Nordeste
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